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Milhares de pessoas participam de funeral de número 2 do Hamas em Beirute

Saleh al-Arouri e seis outros comandantes do Hamas foram mortos na noite de terça-feira no ataque contra um escritório do movimento palestino nos subúrbios ao sul de Beirute

Milhares participam, no Líbano, do funeral de Saleh al-Aruri, número 2 do Hamas morto por Israel. Foto: ANWAR AMRO / AFP
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Milhares de pessoas participaram quinta-feira (4) em Beirute do funeral do número 2 do Hamas e dois outros membros do movimento islâmico palestino, mortos num ataque atribuído a Israel.

Saleh al-Arouri e seis outros comandantes do Hamas foram mortos na noite de terça-feira (2) no ataque contra um escritório do movimento palestino nos subúrbios ao sul de Beirute, reduto do Hezbollah libanês.

Os caixões de Saleh al-Arouri, de Azzam al-Aqraa, líder da ala militar do Hamas, das Brigadas Ezzedine al-Qassam, e de Mohammad al-Raïs, outro líder do movimento, foram cobertos com bandeiras palestinas e do Hamas.

Uma metralhadora foi colocada em cada um deles durante a oração, numa mesquita num bairro operário de Beirute, segundo um jornalista da AFP.

Entre tiros, o cortejo fúnebre seguiu em direção ao campo de refugiados palestinos de Shatila, onde os três homens foram enterrados.

Cantando “Allah Akbar” (Deus é maior), os participantes agitaram a bandeira verde do Hamas e as bandeiras da Palestina e da Jihad Islâmica Palestina.

Milhares participam, no Líbano, do funeral de Saleh al-Aruri, número 2 do Hamas morto por Israel.
Foto: Jaafar ASHTIYEH / AFP

“Abu Obeida, bombardeie Tel Aviv”, repetiam os participantes do cortejo ao porta-voz do braço militar do Hamas em Gaza, que se tornou famoso pelo emblemático keffiyeh, o tradicional lenço quadrado dobrado e usado em volta da cabeça, pelos homens no Oriente Médio, que esconde seu rosto em cada aparição pública.

“Manobra fracassada”

“O assassinato de Saleh al-Arouri ou de qualquer outro palestino é uma manobra fracassada, porque a resistência dará origem a novos líderes”, disse à AFP Omar Ghannoum, um palestino de 35 anos. Ele foi ao funeral “para denunciar o genocídio em curso em Gaza e a violação da soberania libanesa pelo Exército israelense”.

“O inimigo pensa que com o assassinato de Saleh al-Arouri pode derrotar a resistência e impor suas condições”, “mas falhou e nunca será capaz de pressionar o Hamas a abandonar suas exigências, sua visão e sua estratégia “, garantiu, num discurso gravado e transmitido à multidão, o líder político do Hamas, Ismaïl Haniyeh, radicado no Catar.

Várias figuras do Hamas no exílio estão estabelecidas no Líbano, sob a proteção do Hezbollah, seu aliado.

Israel prometeu “destruir” o Hamas após o ataque do movimento islâmico palestino em seu território em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 mortos.

As operações israelenses realizadas em retaliação em Gaza desde então custaram a vida de mais de 22 mil palestinos, segundo o Hamas.

Desde o início da guerra, confrontos quase diários também colocaram o Hezbollah e seus aliados contra Israel, mas até agora estavam limitados ao sul do Líbano.

O ataque de terça-feira é o primeiro desde 7 de outubro nos arredores da capital libanesa. Israel, que não o reivindicou, foi imediatamente responsabilizado pelo Hamas, pelo Hezbollah e pelo governo libanês. Um oficial de defesa americano também indicou na quarta-feira que se tratava de fato de um “ataque israelense”.

(Com informações da AFP)

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