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Milei anuncia quem será o ministro da Justiça em seu governo

Atuação do Judiciário argentino durante governo Milei poderá ser determinante para o futuro político de Cristina Kirchner

(Foto: Luis ROBAYO / AFP)
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O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou o primeiro nome para o seu próximo governo: o advogado Mariano Cúneo Libarona será o próximo ministro da Justiça do país. A informação foi confirmada pelo próprio Milei, em entrevista para a rádio Mitre, da Argentina, na manhã desta segunda-feira 20. 

Mariano Libarona já vinha sendo especulado como possível ministro da Justiça de um eventual governo Milei, ainda durante a eleição presidencial. 

Em entrevista ao jornal argentino Clarín, no início de novembro, Libarona defendeu uma reforma judicial na Argentina, que poderia reforçar, segundo ele, a “igualdade para todos os advogados e decisões baseadas em fundamentos”.  

Nascido em Buenos Aires em 1961, Mariano Libarona é um advogado conhecido pela participação em casos de grande apelo midiático na Argentina. Na década de 1990, Libarona foi o advogado de Guillermo Cóppola, acusado de tráfico de drogas, em um caso que dominou a pauta policial do país. À época, Libarona conseguiu livrar Cóppola das acusações.

Impacto sobre futuro de Cristina Kirchner

A maneira como o Ministério da Justiça da Argentina será conduzido durante o governo Milei será importante não apenas para o horizonte institucional do país, mas para o futuro da atual vice-presidente Cristina Kirchner

No final do ano passado, Kirchner foi condenada por “fraude contra a administração pública”, em um caso que envolve, segundo o Judiciário, 51 obras públicas realizadas durante os doze anos em que ela e o ex-presidente Néstor Kirchner estiveram no poder. 

Em setembro deste ano, a Justiça do país resolveu reabrir dois casos envolvendo Cristina, sob os quais ela tinha sido absolvida em 2021. Os casos dizem respeito a uma ação por lavagem de dinheiro e outra por suposto acobertamento dos responsáveis por um atentado contra uma associação judaica, em 1994.

Nos últimos anos, Kirchner vem afirmando que é “perseguida pela Justiça” e compara a atuação do Judiciário argentino àquela feita pela Justiça brasileira contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda nos tempos da Operação Lava Jato.

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