Mercosul, Colômbia e Celac: A agenda internacional de Lula em julho

O presidente Lula (PT) prepara ao menos três viagens internacionais para este mês de julho. Duas das agendas, mais curtas, estão confirmadas, mas é quase certa a presença do brasileiro em Bruxelas na metade do mês.

As agendas, segundo fontes do Itamaraty, fazem parte do projeto de Lula em se colocar como o principal líder da América Latina. O foco, dizem, está em fechar o acordo entre Mercosul e União Europeia. O bloco sul-americano estará sob seu comando a partir desta terça-feira e, caso o acordo avance com a derrubada de ‘ameaças europeias’, a avaliação é de que o movimento poderá ser atribuído a Lula.

Não por acaso, sua primeira empreitada internacional do mês é para assumir oficialmente o posto de comando rotativo do Mercosul. A solenidade será na Argentina, em Puerto Iguazú, na terça-feira 4. Por lá será realizada também uma reunião do grupo de países.

Poucos dias depois, Lula irá em outra viagem curta pela América. Dessa vez, o destino será a Colômbia. No sábado 8, o brasileiro se encontrará com Gustavo Petro. O aliado tem enfrentado dificuldades políticas recentes no seu País. Ele chegou, abril, a por em curso uma intensa reforma ministerial.

Apesar de nem o Planalto, nem o Itamaraty terem divulgado a pauta oficial da viagem até aqui, sabe-se que o encontro é uma ‘devolutiva’ da visita do colombiano ao Brasil. No final de maio, quando esteve em Brasília, Petro fez o convite para que Lula fosse à Letícia, cidade fronteiriça, para uma cúpula científica sobre a Amazônia. É uma preparação para a COP a ser realizada em Belém. A pauta ambiental também foi a linha principal na primeira agenda bilateral entre os dois políticos.

Por fim, na linha de insistir no seu papel de liderança da América Latina, em especial nas negociações com a Europa, é quase certo que Lula estará, no dia 17 de julho, em Bruxelas, na Bélgica. A cidade sediará, nessa ocasião, a reunião da União Europeia com a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribe (Celac). O encontro é considerado passo importante para destravar o acordo entre europeus e sul-americanos.