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Maduro se solidariza com Lula após descobertas da PF sobre tentativa de golpe em 2022

Segundo o relatório divulgado pela PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” de um suposto plano para assassinar Lula, que venceu as eleições de outubro de 2022

Maduro se solidariza com Lula após descobertas da PF sobre tentativa de golpe em 2022
Maduro se solidariza com Lula após descobertas da PF sobre tentativa de golpe em 2022
Foto: STRINGER / AFP
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestou nesta segunda-feira (2) sua solidariedade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante dos “planos macabros” que buscavam impedir sua posse em 2022, após a Polícia Federal apontar o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro na suposta tentativa de golpe.

“Toda solidariedade ao presidente Lula até que sejam descobertos esses planos violentos e macabros contra ele“, disse Maduro durante seu programa de televisão, comentando o relatório da Polícia Federal (PF) divulgado na semana passada.

“Peço ao povo do Brasil que cuide do seu presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é um grande homem”, continuou o mandatário venezuelano, que recentemente tem demonstrado um novo alinhamento com o Brasil, após tensões relacionadas a questionamentos sobre sua reeleição em julho passado.

Segundo o relatório divulgado pela PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” de um suposto plano para assassinar Lula, que venceu as eleições de outubro de 2022.

O documento foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se indiciará Bolsonaro.

“Entendo perfeitamente essas notícias que chegam do Brasil, porque aqui somos vítimas do mesmo”, acrescentou Maduro.

Venezuela e Brasil mantiveram relações tensas durante semanas, especialmente diante dos apelos de Lula para a publicação das atas das eleições de 28 de julho, nas quais Maduro foi declarado reeleito para um terceiro mandato de seis anos (2025-2031), em meio a denúncias de fraude feitas pela oposição.

As tensões aumentaram quando o Brasil vetou a entrada da Venezuela nos Brics durante a cúpula do bloco em Kazan, Rússia, em outubro.

No entanto, em novembro, Lula afirmou em uma entrevista televisiva que Maduro era um “problema” da Venezuela e não do Brasil, uma declaração que o presidente venezuelano recebeu de forma positiva, afirmando estar “de acordo” com o colega brasileiro.

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