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Maduro lança operação militar de ‘resistência’ ante presença dos EUA no Caribe

O presidente Nicolás Maduro não detalhou o número de tropas que foram destacadas

Maduro lança operação militar de ‘resistência’ ante presença dos EUA no Caribe
Maduro lança operação militar de ‘resistência’ ante presença dos EUA no Caribe
Donald Trump e Nicolás Maduro. Fotos: KAMIL KRZACZYNSKI e Federico PARRA / AFP
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A Venezuela ativou, na madrugada desta quinta-feira 11, uma operação militar de “resistência” diante do que classificou como uma “ameaça” dos Estados Unidos devido à sua mobilização de tropas no Caribe.

O presidente Nicolás Maduro liderou a operação Independência 200 em 284 “frentes de batalha” em todo o país. Ele não especificou o número de tropas.

“Esses mares, essa terra, esses bairros, essas montanhas, essas imensidões e as riquezas dessas terras pertencem ao povo da Venezuela, nunca pertencerão ao império americano, nunca, jamais”, disse Maduro em uma comunidade localizada entre Caracas e a cidade costeira de La Guaira.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos enviaram oito navios ao sul do Caribe para o que definiram como manobras contra o tráfico de drogas internacional. Não foi anunciada oficialmente uma ação direta contra a Venezuela, embora Maduro denuncie um “cerco”.

“Este povo não está órfão, este povo não está sozinho”, afirmou Maduro, em um evento transmitido pela televisão. “Se tivermos que voltar a combater, combateremos pela liberdade da nossa grande pátria”.

“Toda a força militar da nossa Força Armada Nacional Bolivariana e sua capacidade de fogo (está) ocupando posições, fixando posições, defendendo posições, fixando planos”, acrescentou o governante.

A situação escalou depois que forças americanas destruíram um barco com um míssil e mataram 11 “narcoterroristas”, nas palavras do presidente Donald Trump, que haviam partido da costa venezuelana.

A Venezuela sobrevoou um dos navios americanos com um caça. Trump ameaçou derrubar qualquer ameaça e enviou poder aéreo a Porto Rico.

Maduro moderou o tom e chamou ao diálogo na semana passada. Antes, ele havia convocado os cidadãos a se alistarem na Milícia Bolivariana, um corpo militar composto por civis com alta carga ideológica.

“A Venezuela não agride ninguém, mas não aceita ameaças de agressão”, afirmou ao dar a ordem de início a “esta operação dentro do conceito de defesa integral da nação, dentro do conceito de resistência ativa do povo e dentro do conceito de uma ofensiva permanente de todo o país”.

O desdobramento inclui instalações petrolíferas, de serviços públicos, aeroportos e pontos de fronteira.

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