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Macron e Le Pen vão para o segundo turno da eleição presidencial na França

Macron conquistou 28,1% dos votos, contra 23,3% de Le Pen de acordo com os primeiros resultados

Fotos: Joël SAGET and Eric Feferberg / AFP
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Emmanuel Macron, do partido República em Marcha, e a líder da extrema direita, Marine Le Pen, vão para o segundo turno da eleição presidencial francesa, de acordo com as primeiras apurações divulgadas na noite deste domingo (10). O presidente já havia enfrentado a chefe do partido Reunião Nacional na reta final em 2017, quando foi eleito pela primeira vez.

Macron conquistou 28,1% dos votos, contra 23,3% de Le Pen de acordo com os primeiros resultados.

Desde o início da campanha Macron despontou como favorito para sua reeleição, seguido por Marine Le Pen. Mas a líder da extrema direita conseguiu diminuir a diferença das pesquisas de intenção de voto nas últimas semanas.

O início da ofensiva russa na Ucrânia em 24 de fevereiro ofuscou a campanha eleitoral francesa, mas o impacto da guerra nos preços, principalmente no setor da energia, deu novo fôlego à corrida eleitoral em razão, reforçando as críticas da população sobre a queda do poder aquisitivo.

Macron praticamente não fez campanha e participou de apenas um grande comício, apostando em seu balanço nos últimos cinco anos. O chefe de Estado também se beneficiou de seu protagonismo no âmbito europeu, já que a França está à frente da presidência rotativa da União Europeia.

Já Marine Le Pen, que tradicionalmente tem a luta contra a imigração como sua principal bandeira, se apresentou muito mais como uma defensora do poder aquisitivo e das classes populares.

Mesmo assim, o programa internacional da líder da extrema direita seu programa internacional gera temores. Le Pen propõe, entre outros, abandonar o comando integrado da Otan, órgão da Aliança Atlântica que determina a estratégia militar. Sua eleição representaria, ainda, um novo revés para a União Europeia (UE), após a reeleição do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.

Dos dez candidatos restantes, o esquerdista Jean-Luc Mélenchon era o único com alguma chance de impedir um remake da eleição de 2017, quando Macron enfrentou Le Pen. O chefe da França Insubmissa apelou para o discurso do voto útil, tentando reunir os eleitores de uma esquerda pulverizada.

Taxas de abstenção

Quase 49 milhões de eleitores foram convocados para participar do pleito neste domingo. Mas como o voto não é obrigatório e as pesquisas vinham mostrando um desinteresse da população pela eleição, a taxa de abstenção era uma das grandes incógnitas.

Às 19h pelo horário de Paris (14h em Brasília), uma hora antes do fechamento das últimas urnas, o índice de abstenção era de 26,5%.

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