Mundo

assine e leia

Lixão abaixo de zero

Os dejetos acumulados das estações científicas ameaçam a biodiversidade da Antártida

Falta consciência até aos cientistas – Imagem: Arquivo/AFP
Apoie Siga-nos no

A uma curta caminhada sob o vento cortante de Villa Las Estrellas, um vilarejo chileno na Península Antártica, há uma enseada que a maioria dos cientistas nas estações de pesquisa próximas tenta ignorar. Um punhado de pinguins estremece nas sombras de seis tanques de combustível russos e três silos baixos, enferrujados em redemoinhos de ouro, laranja e marrom e deformados pelo frio e o vento.

Fora de vista e longe da mente, cada um deles está cheio de detritos de décadas de trabalho científico e logístico na Ilha do Rei George, onde seis estações de pesquisa científica operam num raio de 5 quilômetros. Em um deles, dezenas de teclados de computação estão amontoadas num velho freezer, com as teclas arrancadas e misturadas com tampas de garrafas e latas de cerveja descartadas, com rótulos desbotados em russo, alemão e espanhol.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo