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Líderes europeus reagem à ofensiva russa na Ucrânia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ativou seus planos de defesa e fará uma cúpula virtual de emergência amanhã

Os exércitos russo e bielorrusso em exercício de 10 dias em Belarus, próximo da fronteira com a Ucrânia. AFP PHOTO /Russian Defence Ministry
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Após os ataques aéreos e a invasão terrestre em território ucraniano por parte da Rússia, na noite de quarta-feira 23, países europeus reagiram.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, advertiu nesta quinta-feira 24 que do Ocidente pretente impor “grandes sanções” contra a economia da Rússia e chamou Vladimir Putin de “ditador”.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou a invasão e afirmou que o ato representa um “risco para a paz” na Europa. “O presidente da Rússia viola mais uma vez e de forma flagrante o direito internacional”, denunciou Scholz, antes de afirmar que a invasão “não tem nenhuma justificativa”.

Scholz acusou o presidente russo de levar “sofrimento e destruição aos vizinhos” e afirmou que ele está “violando a soberania e as fronteiras da Ucrânia, colocando em perigo a vida de muitos inocentes na Ucrânia”.

Já o governo espanhol condenou a “invasão militar” e exigiu o retorno das tropas de Moscou para seu país e o “cessar imediato das hostilidades”.

“O governo da Espanha condena energicamente a invasão militar da Ucrânia por parte da Federação Russa”, afirmou o governo do socialista Pedro Sánchez em um comunicado. “Exigimos o cessar imediato das hostilidades antes que o número de vítimas se multiplique, assim como o retorno das tropas para o território internacionalmente reconhecido da Federação Russa”.

O comunicado informa ainda que o rei Felipe VI presidirá uma reunião do Conselho de Segurança Nacional hoje, ao meio-dia (horário local).

Mais cedo, Sánchez reagiu à operação russa contra a Ucrânia, expressando sua solidariedade para com Kiev e o povo ucraniano.

“Permaneço em estreito contato com nossos parceiros e aliados na União Europeia e na OTAN para coordenar nossa resposta”, acrescentou Sánchez em uma mensagem na rede social Twitter.

Nesta quinta-feira, a França também declarou que fortalecerá o apoio à Ucrânia. 

“Expresso minha total solidariedade às autoridades ucranianas (…) e ao povo ucraniano. A França fortalecerá ainda mais seu apoio à Ucrânia, em todas as suas formas”, disse o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian.

Segundo a presidência francesa, Emmanuel Macron deve fazer um pronunciamento à “nação em breve”. 

O chefe de governo italiano, Mario Draghi, exigiu que o presidente russo, Vladimir Putin, “retire incondicionalmente suas forças militares” da Ucrânia.

“Itália, União Europeia e todos seus aliados pedem ao presidente Putin que pare imediatamente o derramamento de sangue e retire incondicionalmente suas forças militares para fora das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia”, declarou Draghi, ao término da reunião do Conselho de Ministros dedicada ao ataque russo.

Depois de ter condenado o “ataque” da Rússia à Ucrânia algumas horas antes, considerando-o “injustificado e injustificável”, Draghi reconheceu que, no momento, “o diálogo com a Rússia é impossível”.

Com informações da AFP e RFI.

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