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Leopoldo López recebe asilo e ofensiva de Guaidó fica mais perto do fim

Líder oposicionista e familiares vão se refugiar na casa chanceler chileno Roberto Ampuero em Caracas

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó. Foto: Frederico Parra/AFP
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A intentona contra Nicolás Maduro capitaneada pelo oposicionista Juan Guaidó e o aliado Leopoldo López sofreu um revés importante na tarde desta terça-feira 30. Dez horas depois de ser libertado por militares dissidentes, López recebeu asilo contra os ataques do governo de Maduro.

López e familiares vão se refugiar na casa do chanceler chileno Roberto Ampuero em Caracas — oficialmente, o Chile não tem representante no país desde 2018, ano em que Maduro foi reeleito. Há dois anos, a casa de Ampuero no Chile já havia servido de guarida ao também oposicionista congressista Freddy Guevara, que teve prisão decretada pelo Supremo Tribunal venezuelano.

López estava em prisão domiciliar desde 2014, e havia se juntado a Guaidó nos protestos na base militar de La Carlota, na região de Caracas, depois de ter sido libertado por oficiais que se juntaram à oposição. A polícia bolivariana reprimiu os protestos. Houve confrontos e episódios de violência.

Ao longo do dia, Guaidó saiu às ruas acompanhado de centenas de apoiadores. O autoproclamado presidente sustenta que Maduro já não tem o apoio total das Forças Armadas. Em entrevista exclusiva à Deustche Welle, ele assegurou que os militares estão a favor da mudança de poder, “apesar de muita perseguição interna nas Forças Armadas, de agentes da inteligência cubana, inclusive”.

Do outro lado, os representantes do governo consideram já fracassada a tentativa de tomada do poder, e reafirmam a aliança com os altos oficiais militares. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou em pronunciamento que a ofensiva de Guaidó havia sido neutralizada. Também responsabilizou a oposição por ‘qualquer morte, qualquer derramamento de sangue’ que aconteça.

Ex-prefeito e principal líder da oposição chavista, López  foi condenado a treze anos de prisão por liderar protestos anti-Maduro em 2014. Ele e Guaidó são aliados de longa data — o segundo participava de protestos contra Hugo Chávez desde 2007 e foi um dos primeiros filiados do Voluntad Popular, partido criado por López.

Nas emissoras locais de notícias, analistas já falam em ‘intentona fracassada’ contra Maduro. Guaidó prometeu um pronunciamento, marcado para as 19h no horário de Brasília.

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