Mundo

Confrontos entre civis e militares se acirram na Venezuela

Juan Guaidó sustenta que Nicolás Maduro já não tem o apoio total das Forças Armadas

Manifestante da oposição em frente a um ônibus em chamas durante confrontos com soldados leais a Maduro (Federico PARRA/AFP)
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A tentativa de derrubada do presidente Nicolás Maduro teve pouco avanço territorial até agora, mas os confrontos entre civis e militares se complicam. O autoproclamado presidente interino Juan Guaidó continua na base militar de La Carlota, acompanhado do aliado Leopoldo López, libertado na madrugada por militares desertores. Já os maduristas se concentram nas cercanias do palácio de Miraflores, sede do governo, a cerca de 15 quilômetros dali.

Juan Guaidó sustenta que Maduro já não tem o apoio total das Forças Armadas. Em entrevista exclusiva à Deustche Welle, ele assegurou que os militares estão a favor da mudança de poder, “apesar de muita perseguição interna nas Forças Armadas, de agentes da inteligência cubana, inclusive”.

Do outro lado, os representantes do governo consideram fracassada a tentativa de tomada do poder, e reafirmam a aliança com os altos oficiais militares. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou em pronunciamento que a ofensiva de Guaidó havia sido neutralizada. Também responsabilizou a oposição por ‘qualquer morte, qualquer derramamento de sangue’ que aconteça.

 

Diosdado Cabello, chefe da Assembleia Nacional Constituinte, reforçou a tese nas redes sociais. “Os traidores da Pátria novamente foram derrotados”, escreveu.

No início da tarde, tanques blindados da Guarda Nacional Bolivariana atropelaram manifestantes em frente à base de Carlota. Também houve confrontos na Ponte Simon Bolívar, principal via terrestre na fronteira entre Colômbia e Venezuela.

O momento foi registrado em vídeo, confira:

Os protestos pró-Guaidó já se espraiam por outras regiões de Caracas, como a Avenida Francisco de Miranda, próximo a La Carlota. Os manifestantes tentam chegar até a Praça Altamira. Oficiais dissidentes acompanham os protestos.

Ainda não há informações oficiais sobre o número de mortos e feridos. A prefeitura da cidade de Chacao, na região metropolitana de Caracas, contabilizou dezenove feridos.

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