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Juízes e políticos do Equador presos por supostos vínculos com narcotráfico

Membros das altas esferas do poder são acusados de beneficiar organizações criminosas em troca de dinheiro, ouro, apartamentos e artigos de luxo

Entre os presos está a ex-presidente do Tribunal de Justiça de Guayas Imagem: Fiscalía General del Estado/Reprodução
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Doze pessoas, entre membros do Poder Judiciário e políticos, foram detidas nesta segunda-feira(4) no Equador por supostos vínculos com o narcotráfico, informou o Ministério Público no âmbito de uma ampla investigação sobre o crime organizado.

Durante uma operação realizada na cidade costeira de Guayas (sudoeste) foram revistadas casas e gabinetes de magistrados, de um ex-deputado e de uma ex-presidente do tribunal local, afirmou o MP na rede X.

O chamado caso Purga surgiu de uma grande investigação batizada Metástase, revelada em dezembro e descrita pela procuradora-geral Diana Salazar como a pedra fundamental da “narcopolítica” no Equador.

Juízes, políticos, fiscais, policiais, um ex-diretor da autoridade penitenciária e muitos membros das altas esferas do poder são acusados de beneficiar organizações criminosas em troca de dinheiro, ouro, apartamentos e artigos de luxo.

Entre os indícios encontrados na casa do ex-deputado estão duas armas de fogo, relógios Rolex, licores, joias, documentos, 7.535 dólares (cerca de 37.300 reais) e 505 euros (2.700 reais), afirmou o MP.

Diante de ataques violentos de gangues do tráfico ligadas a carteis do México e Colômbia, o presidente Daniel Noboa declarou a nação em “conflito armado interno” e classificou como “terroristas” e “beligerantes” cerca de 20 organizações criminosas.

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