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Restos de Neruda são enviados a Espanha para análise

Há suspeitas de que o poeta e prêmio Nobel tenha sido envenenado pela ditadura de Augusto Pinochet

O escritor, poeta e diplomata chileno Pablo Neruda, em 1971
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SANTIAGO (AFP) – O juiz chileno Mario Carroza ordenou o envio de amostras dos restos mortais do poeta e prêmio Nobel Pablo Neruda à Universidade de Múrcia, na Espanha, onde eles serão submetidos a testes toxicológicos para determinar se ele foi envenenado pela ditadura de Augusto Pinochet.

“É autorizada a tomada de amostras ósseas de Pablo Neruda para sua análise estrutural e bioquímica e seu envio às dependências do Serviço Externo de Ciências e Técnica Forense da Universidade de Múrcia, na Espanha, sob a supervisão do Doutor Aurelio Luna Maldonado”, afirma a resolução judicial a qual a AFP teve acesso.

O juiz solicitou à Luna Maldonado “a realização de ações e exames associados à investigação, como Difração de Raios X, Microscopia de Scanning, estudo de proteínas em osso, Estudo de lipídios e lipoproteínas, e todos aqueles que forem necessários para o cumprimento da diligência”.

“É uma perícia muito importante e que nos dará a certeza científica que necessitamos em um ou outro sentido”, disse à AFP o advogado e sobrinho de Neruda, Rodolfo Reyes.

As perícias toxicológicas na Espanha serão realizadas em paralelo às análises que foram solicitadas à Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, para determinar se os restos contêm algum tipo de toxina que possa ter acelerado a morte do poeta.

Oficialmente, a morte de Neruda é atribuída ao agravamento de um câncer de próstata, mas após a afirmação de seu ex-assistente pessoal, Manuel Araya, de que poderia ter sido envenenado, investiga-se se foi assassinado por agentes da ditadura de Pinochet.

O corpo do poeta foi exumado no dia 8 de abril.

Leia mais em AFP Movel.

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