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Itamaraty diz acompanhar eleição na Venezuela com expectativa e preocupação

O principal adversário de Nicolás Maduro deve ser Manuel Rosales. A Plataforma Unitária Democrática não registrou a candidatura de Corina Yoris

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Foto: Marcelo Garcia/AFP
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O Ministério das Relações Exteriores afirmou nesta terça-feira 26 acompanhar com “expectativa e preocupação” o processo eleitoral na Venezuela. A votação ocorrerá em 28 de julho e o presidente Nicolás Maduro buscará o terceiro mandato.

O período de inscrição das candidaturas terminou na noite da segunda-feira 25.

“Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados”, diz um comunicado do Itamaraty. “O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial.”

Na eleição, o principal adversário de Maduro deve ser Manuel Rosales, considerado pragmático e negociador. Ele concorreu em 2006, quando enfrentou Hugo Chávez – vencedor com folga daquele pleito.

O partido de Rosales, Um Novo Tempo, conseguiu inscrevê-lo a tempo, mas a Plataforma Unitária Democrática não teve sucesso em registrar a candidatura de Corina Yoris, o plano B da oposição, indicada por María Corina Machado após sua exclusão pelo veto para exercer cargos públicos por 15 anos.

“O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil”, prosseguiu o Itamaraty. “O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo.”

María Corina Machado se distanciou nesta terça da candidatura de Manuel Rosales. “O que alertamos por muitos meses acabou acontecendo: o regime escolheu seus candidatos”, declarou a líder da oposição em uma entrevista coletiva, na qual insistiu que sua candidata é Corina Yoris.

Segundo Corina Machado, “ainda há tempo” para a PUD ter um representante na eleição, já que as candidaturas podem ser modificadas até 20 de abril.  “Dependeria da vontade do regime, com Corina Yoris como candidata”, disse.

(Com informações da AFP)

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