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Israel x Hamas: China e Rússia vetam proposta dos EUA, texto russo é rejeitado e ONU vive novo fracasso
O documento da Rússia teve quatro votos favoráveis, dois contrários e nove abstenções, inclusive a do Brasil
O Conselho de Segurança da ONU rejeitou, nesta quarta-feira 25, propostas dos Estados Unidos e da Rússia sobre o conflito entre Israel e o Hamas.
Na semana passada, os norte-americanos vetaram uma resolução liderada pelo Brasil que havia recebido 12 votos a favor. Washington criticou a falta de menção ao “direito de Israel de se defender”.
Desta vez, os vetos ao texto dos Estados Unidos partiram de China, Rússia e Emirados Árabes Unidos, enquanto 10 países apoiaram o documento e dois se abstiveram, entre eles o Brasil.
“A China não nega de forma alguma as preocupações de segurança de Israel, mas nos opomos a que o texto tente estabelecer uma nova narrativa sobre a questão israelo-palestina, ignorando o fato de que o Território Palestino está ocupado há muito tempo”, disse Zhang Jun, embaixador da China na ONU.
Já o documento russo obteve quatro votos favoráveis, dois contrários e nove abstenções, inclusive a do Brasil. Para ser adotada, uma resolução exige a aprovação de pelo menos nove dos 15 membros do Conselho, sem veto de nenhum dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China).
A resolução da Rússia pedia “o estabelecimento imediato de um cessar-fogo humanitário duradouro e plenamente respeitado” e condenava “toda a violência e hostilidades contra civis”.
“Lamentamos o fato de o Conselho de Segurança não ter correspondido às esperanças depositadas nele”, disse Vasily Nebenzya, embaixador da Rússia na ONU, após a derrota.
“Não vale a pena perder mais tempo discutindo a má-fé da resolução da Rússia”, reagiu a representação norte-americana. “Todos vemos que a Rússia não está fazendo nada para envolver quaisquer partes relevantes ou apoiar esforços diplomáticos para obter mais ajuda para Gaza.”
A incursão do Hamas em 7 de outubro deixou mais de 1.400 mortos, a maioria deles civis, segundo as autoridades israelenses. De acordo com o Hamas, mais de 6.500 pessoas, a maioria civis, foram mortas em Gaza nos bombardeios incessantes de retaliação.
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