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Israel realiza novo ataque contra hospital de Gaza

Exército israelense justifica a ação afirmando que local era usado para manter reféns e corpos de sequestrados pelo Hamas

Soldados israelenses em Gaza, destruida pela guerra. Foto: Israeli Army / AFP
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Militares israelenses invadiram o hospital Nasser, na cidade e Kahn Younis, no sul da Faixa de Gaza, nesta quinta-feira 15. 

Segundo a agência Palestina de notícias WAFA, há pelo menos um palestino morto e outros gravemente feridos. 

Em comunicado, Israel disse ter informações “críveis” de que o local seria usado pelo Hamas para manter os reféns sequestrados. O texto diz ainda que há suspeita de que os corpos de outros israelenses eram mantidos no local. 

À agência de notícias Reuters, um porta-voz do Hamas negou a informação. 

Há 25 dias, Israel mantém um cerco nos arredores do hospital, com atiradores de elite e monitoramento constante da movimentação dentro da unidade de saúde. 

Segundo a WAFA, o cerco tem levado a impossibilidade de equipes médicas se deslocarem entre os edifícios. Nasser é o maior hospital na região.

O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, Ashraf al-Qidra, disse que Israel lançou uma “incursão massiva” com tiroteios, que deixaram muitas das pessoas deslocadas feridas.

Na quarta-feira 14, Israel deu ordens para que o hospital fosse evacuado. Além de feridos, o hospital Nasser, na cidade de Khan Yunis, tem abrigado desalojados do conflito.

Autoridades do Hamas também do hospital afirmam que atiradores israelenses mataram várias pessoas nas redondezas nos últimos dias.

“Muitos não conseguem evacuar, como aqueles com amputações de membros inferiores, queimaduras graves ou idosos”, disse Ashraf al-Qidra em entrevista à rede Al Jazeera.

Ao longo dos meses de bombardeios contra a região Palestina, Israel promoveu um deslocamento de civil para o sul de Gaza, obrigando médicos e pacientes hospitalizados a se transferirem em direção a Rafah, na fronteira com o Egito. 

Em meio a incertezas sobre uma grande operação militar em Rafah, palestinos resolveram fugir mais uma vez e voltaram a ocupar o centro da Faixa de Gaza. 

O representante da Organização Mundial da Saúde para o território palestino, Rik Peeperkorn, foi mais um a alertar para as consequências de uma operação militar na cidade, que abriga 1,5 milhão de desalojados. Seria uma catástrofe incomensurável, que expandiria ainda mais o desastre humanitário para além da imaginação, disse ele.

(Com informação da Agência Brasil e AFP)

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