Mundo
Israel inicia ‘ofensiva diplomática’ contra o Irã
O comandante do Estado-Maior israelense, o general Herzi Halevi, prometeu também uma resposta militar ao ataque do Irã


Israel iniciou uma “ofensiva diplomática” contra o Irã nesta terça-feira e pediu a 32 países que adotem sanções contra a Guarda Revolucionária da República Islâmica e seu programa de mísseis, após o ataque sem precedentes de Teerã no fim de semana.
“De modo paralelo à resposta militar ao lançamento de mísseis e de drones, estou liderando uma ofensiva diplomática contra o Irã”, escreveu o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, na rede social X.
Katz, ministro da coalizão de governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu, muito próximo ao primeiro-ministro e membro de seu partido, Likud, defende uma linha dura contra o Irã.
“Esta manhã, enviei cartas a 32 países e conversei com dezenas de ministros das Relações Exteriores e personalidades de todo o mundo para pedir a imposição de sanções ao projeto iraniano de mísseis e que a Guarda Revolucionária seja declarada uma organização terrorista”.
Alongside the military response to the firing of the missiles and the UAVs, I am leading a diplomatic offensive against Iran.
This morning I sent letters to 32
countries and spoke with dozens of foreign ministers and leading figures around the world calling for sanctions to be…— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) April 16, 2024
O chanceler não especificou a quais governos solicitou sanções contra a Guarda Revolucionária, que está na lista de organizações terroristas dos Estados Unidos e é alvo de sanções da UE.
“Temos que parar o Irã agora, antes que seja tarde demais”, afirmou Katz, após o ataque de sábado à noite executado por Teerã, com uma série de mísseis e drones, que segundo o Exército israelense foram interceptados em 99%.
O comandante do Estado-Maior israelense, o general Herzi Halevi (foto), prometeu na segunda-feira que o país responderá ao ataque do Irã, apesar dos pedidos de vários países, incluindo seu maior aliado Estados Unidos, para que evite uma escalada no Oriente Médio, onde Israel está em guerra com o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza há mais de seis meses.
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