Israel acusa África do Sul de explorar Corte Internacional de Justiça

País acusou a África do Sul de ser um 'representante do Hamas'

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Foto: Amos Ben Gershom/GPO

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Israel acusou, nesta quinta-feira 7, a África do Sul de explorar “cinicamente” a Corte Internacional de Justiça (CIJ), depois que Pretória apresentou um novo recurso ao tribunal para pedir medidas cautelares pela situação humanitária derivada da guerra em Gaza.

A África do Sul pediu na quarta-feira à mais alta corte da ONU que tome medidas pelo que descreveu como uma “inanição generalizada” resultante da ofensiva israelense iniciada há cinco meses em Gaza, em resposta ao ataque do movimento palestino Hamas em Israel em 7 de outubro.

Israel acusou a África do Sul de ser um “representante do Hamas” e pediu ao tribunal sediado em Haia que rejeite o pedido de Pretória.

“A África do Sul segue atuando como o braço legal do Hamas em uma tentativa de minar o direito inerente de Israel de se defender, defender seus cidadãos, e libertar todos os reféns”, declarou em um comunicado o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lior Haiat.

O país africano já havia acionado a CIJ antes alegando que a ofensiva em Gaza violava a Convenção sobre Genocídio da ONU, e depois para tentar evitar que Israel lançasse uma operação militar em Rafah, onde estão centenas de milhares de refugiados palestinos.

No recurso apresentado na quarta-feira, a África do Sul argumentou que sua solicitação poderia ser “a última oportunidade deste tribunal para salvar o povo palestino em Gaza que já está morrendo de fome e que agora está ‘a um passo’ da inanição”, citando o Escritório da ONU de Coordenação de Assuntos Humanitários.


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