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Interrupção de operação de hospitais em Gaza causa morte de bebês e 27 pacientes de UTI

Operação em todos os hospitais do norte do enclave foi suspensa pela ofensiva de Israel na região

Interrupção de operação de hospitais em Gaza causa morte de bebês e 27 pacientes de UTI
Interrupção de operação de hospitais em Gaza causa morte de bebês e 27 pacientes de UTI
Hospitais de Gaza foram alvos de ataques israelenses – Foto: Bashar TALEB / AFP
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O Ministério da Saúde do governo do Hamas anunciou nesta segunda-feira (13) que “sete bebês prematuros” e “27 pacientes da unidade de terapia intensiva” morreram por falta de energia elétrica no hospital Al Shifa na Faixa de Gaza, território palestino cercado e bombardeado por Israel. O balanço inicial eram de seis crianças e nove pacientes.

O hospital Al Shifa, o maior de Gaza, sofreu cortes de energia elétrica nos últimos dias. O centro médico também está sitiado e sob ameaça por violentos combates entre as tropas israelenses e os combatentes do movimento islamista palestiniano Hamas.

Yusef Abu Rish, vice-ministro da Saúde do governo do Hamas, afirmou à AFP que todos os hospitais do norte da Faixa de Gaza estão “fora de serviço”.

A proximidade dos combates ameaça a situação de centenas de pacientes e de milhares de pessoas que se refugiaram no hospital de Al Shifa.

Israel anunciou no sábado que está disposto a ajudar na transferência dos bebês da unidade de pediatria para um local mais seguro, mas a operação não foi concretizada e o hospital continua exposto à ofensiva terrestre de Israel no território governado pelo Hamas.

O Exército israelense também informou que seus soldados entregara, 300 litros de combustível para o hospital.

O diretor do centro médico, Mohammad Abu Salmiya, afirmou que recebeu uma ligação do Exército e foi informado que o combustível seria deixado a 500 metros do hospital.

“Eu disse a eles que, se querem ajudar, precisamos de pelo menos 8.000 litros para fazer o principal gerador funcionar e salvar centenas de pacientes e feridos”, contou.

Israel prometeu “aniquilar” o Hamas após o violento ataque executado por integrantes do grupo islamista em seu território em 7 de outubro, uma ofensiva que matou quase 1.200 pessoas, a maioria civis, segundo as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas.

Desde o início da ofensiva terrestre, 44 soldados israelenses morreram na Faixa de Gaza.

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, mais de 11.100 pessoas morreram na ofensiva israelense, a maioria civis e incluindo muitos menores de idade.

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