Huthis disparam míssil antinavio após ataques de EUA e Reino Unido no Iêmen

Ato de retaliação foi confirmado pelo Estado-Maior Conjunto norte-americano

Mohammad Ali al-Houthi, ex-chefe do conselho revolucionário Huthi, participa de um protesto após os ataques das forças dos EUA e do Reino Unido, em 12 de janeiro de 2024. Foto: Mohammed Huwais/AFP

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Os rebeldes huthis do Iêmen lançaram, nesta sexta-feira 12, um míssil balístico antinavio em retaliação aos ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido na noite anterior, informou um general americano.

“Sabemos que lançaram pelo menos um míssil em retaliação”, afirmou o diretor do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, tenente-general Douglas Sims, acrescentando que o disparo não atingiu nenhuma embarcação.

“Sua retórica tem sido bastante forte e elevada. Eu esperaria que tentassem algum tipo de represália.”

Estados Unidos e Reino Unido atacaram quase 30 alvos em mais de 150 incursões, disse Sims, atualizando dados anteriores.

As ações contra os huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, ocorreram após os ataques dos rebeldes contra navios que circularam pelo Mar Vermelho, cometidos em solidariedade com os palestinos de Gaza, palco de um conflito entre Israel e o grupo islamista Hamas.

Desde meados de novembro, os huthis executaram ataques com mísseis e drones contra navios comerciais no Mar Vermelho, forçando muitas companhias de navegação a evitar a região, o que encarece e atrasa o transporte de mercadorias entre Europa e Ásia.


Nesta sexta-feira, comandos huthis destacaram que os ataques sofridos foram “uma agressão” e declararam que “todos os interesses americanos e britânicos se tornaram alvos legítimos” de suas forças militares.

Desde que a guerra civil teve início no Iêmen, em 2014, os huthis tomaram o controle de importantes áreas do país e fazem parte do chamado “eixo de resistência”, apoiado pelo Irã contra Israel.

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