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Hamas considera insatisfatórias propostas de Israel para prolongar trégua

Trégua, que começou na última sexta-feira, inicialmente por quatro dias, foi prorrogada por mais dois

Hamas considera insatisfatórias propostas de Israel para prolongar trégua
Hamas considera insatisfatórias propostas de Israel para prolongar trégua
Registro de bombardeio israelense ao norte da Faixa de Gaza, nesta quinta-feira 9. Foto: Ronaldo Schemidt/AFP
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O Hamas considera insatisfatórias as propostas israelenses para prolongar a trégua que deve expirar nesta quinta-feira, informou nesta quarta-feira 29 uma fonte do movimento islamista palestino que mantém dezenas de reféns israelenses na Faixa de Gaza.

“O que está sendo proposto nas discussões para estender a trégua não é o melhor”, disse a fonte, acrescentando que as conversas estavam focadas na prorrogação por “dois ou mais dias” da trégua que permitiu, desde a última sexta-feira, a troca diária de reféns do Hamas por palestinos em Israel, além do envio de ajuda humanitária à Gaza.

“Qualquer discussão sobre a troca de prisioneiros militares, de soldados e oficiais, deve ser precedida por um cessar da agressão [israelense] e pelo levantamento do bloqueio que sufoca Gaza”, acrescentou.

“A próxima etapa das negociações deve se concentrar na troca de prisioneiros com mais de 18 anos, e a resistência está preparada para essa etapa”, afirmou, acrescentando que tanto o Hamas quanto outros grupos armados palestinos estão “preparados para todas as opções”.

“Se a trégua continuar, a resistência a respeitará enquanto o ocupante [israelense] também a respeitar”, observou.

Um dirigente do Hamas afirmou que o movimento islamista aceitaria libertar os soldados israelenses mantidos como reféns em troca de todos os prisioneiros palestinos em Israel.

“Estamos dispostos a libertar todos os soldados em troca de nossos prisioneiros”, declarou Basem Naim, ex-ministro da Saúde da Faixa de Gaza, em coletiva de imprensa na África do Sul.

A trégua, que começou na última sexta-feira, inicialmente por quatro dias, foi prorrogada por mais dois. Ambas as partes estão negociando com os mediadores, liderados pelo Catar, uma nova prorrogação que permita amenizar a desastrosa situação humanitária na Faixa de Gaza.

A guerra começou em 7 de outubro, com um ataque de combatentes islamistas que mataram 1.200 pessoas em Israel, a maioria civis, e sequestraram outras 240, de acordo com o balanço israelense.

Israel lançou em retaliação uma campanha de bombardeios contra a Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, que, segundo o movimento islamista, deixou mais de 14.800 mortos, também em sua maioria civis.

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