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França anuncia “sanções” contra 28 colonos israelenses “extremistas” na Cisjordânia

O país comandado por Macron informou, ainda, que trabalha para que as sanções adotadas também passem a valer em todo o território europeu; medida atinge 28 israelenses

Ativistas israelenses de direita se reúnem para um protesto em frente ao escritório local da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina (UNRWA), na Cisjordânia. Foto: AHMAD GHARABLI / AFP
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O Ministério das Relações Exteriores da França anunciou na terça-feira (13) que adotou “sanções” contra 28 “colonos israelenses extremistas” acusados de “violência contra civis palestinos na Cisjordânia”. A pressão internacional se intensificou para uma trégua entre Israel e o Hamas, incluindo uma nova libertação de reféns, apesar das ameaças de uma ofensiva em Rafah, o último refúgio para mais de um milhão de palestinos na Faixa de Gaza.

“A França reafirma a sua firme condenação desta violência inaceitável. Como dito em diversas ocasiões, é responsabilidade das autoridades israelenses pôr fim [à violência] e processar os responsáveis”, escreveu o ministério no comunicado de imprensa.

Estes 28 indivíduos são “alvo de uma proibição administrativa do território francês”, acrescenta o Quai d’Orsay, que afirma estar “trabalhando” na “adoção de sanções em âmbito europeu” contra colonos violentos.

Washington e Londres adotaram sanções contra “colonos extremistas”, mas a União Europeia, que deve decidir sobre eles por unanimidade, ainda não conseguiu chegar a um acordo sobre o assunto, devido à oposição de países como a Hungria e a República Tcheca, segundo fontes diplomáticas.

“As ocupações são ilegais perante o direito internacional e devem parar. A sua continuação é incompatível com a criação de um Estado palestino viável, a única solução para que israelenses e palestinos possam viver, lado a lado, em paz e segurança”, considera ainda o Quai d’Orsay.

Os Estados Unidos e a Europa defendem uma solução de dois Estados, à qual se opõe o governo israelense, empenhado numa guerra contra o Hamas em Gaza, após o sangrento ataque de 7 de outubro perpetrado pelo movimento islâmico em Israel.

Este conflito tem repercussões na Cisjordânia, território palestino ocupado desde 1967 por Israel, que tem sido abalado por um recrudescimento da violência desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Segundo a Autoridade Palestina, mais de 380 palestinos foram mortos desde então por soldados israelenses ou colonos na Cisjordânia.

Mais de 2,9 milhões de palestinos vivem na Cisjordânia ocupada, separada da Faixa de Gaza pelo território israelense.

Cerca de 490 mil israelenses também vivem na região, em assentamentos considerados ilegais pelo direito internacional.

(Com AFP)

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