Economia
FMI aprova desembolso de US$ 7,5 bilhões para a Argentina
A decisão foi tomada durante a viagem do ministro da Economia e candidato presidencial, Sergio Massa, aos Estados Unidos

O Fundo Monetário Internacional aprovou o desembolso de 7,5 bilhões do dólares correspondente à quinta e à sexta revisões do acordo com a Argentina, informou nesta quarta-feira 23 um porta-voz do ministro da Economia e candidato a presidente, Sergio Massa.
A Argentina assinou com o FMI um programa de crédito segundo o qual o país receberia 44 bilhões de dólares em 30 meses, em troca do aumento das reservas internacionais e da redução do déficit fiscal.
Em visita a Washington, nos Estados Unidos, Massa se reúne nesta tarde com a diretora do fundo, Kristalina Georgieva. Segundo o ministro, a Argentina talvez atravesse o ano “mais trágico em termos de economia”, devido ao impacto da seca.
Para honrar seus compromissos de dívida em agosto, a Argentina teve de recorrer a um empréstimo do Catar, a iuanes de um intercâmbio de moedas com a China e a um empréstimo-ponte do Banco de Desenvolvimento da América Latina.
Dos 7,5 bilhões de dólares a serem enviados pelo FMI, portanto, o país terá de repassar uma parte a Catar, China e CAF, além de guardar outra fatia como provisão para os próximos vencimentos.
A Argentina, que amarga uma inflação de mais de 100% ao ano, enfrenta uma grave escassez de reservas monetárias internacionais em meio a uma alta demanda por dólares, moeda a que os cidadãos recorrem diante da alta dos preços.
Na viagem à capital americana, Massa também se reuniu com altos funcionários do governo e com organizações internacionais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. As duas entidades prometeram um empréstimo de 1,3 bilhão de dólares à Argentina para projetos de desenvolvimento.
(Com informações da AFP)
Leia também

Governo da Argentina ajusta discurso e liga Milei a saques em supermercados
Por CartaCapital
Milei oferecerá cargo a Macri se vencer eleições na Argentina
Por CartaCapital
Milei se reúne com o FMI e promete um arrocho mais brutal que o esperado
Por Leonardo Miazzo
Mesmo com candidata própria, Macri acena a Milei: ‘Vamos ter que estar juntos’
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.