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Facebook tenta acordo, mas marcas mantêm o boicote à rede social

Civis e movimentos sociais pressionam rede de Mark Zuckerberg e empresários anunciantes por ações contra o discurso de ódio

O criador do Facebook, Mark Zuckerberg. Foto: APEC Peru 2016
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Marcas famosas como Coca-Cola e Starbucks devem iniciar um movimento empresarial de boicote à rede social Facebook a partir desta quarta-feira 1, após falta de sucesso em negociações cobre o combate ao discurso de ódio. Segundo a agência Reuters, pelo menos 400 anunciantes já aderiram à iniciativa.

A decisão ocorre após desdobramentos do sufocamento de um policial contra George Floyd, morto em 25 de maio, em Minneapolis, nos Estados Unidos. Movimentos sociais e civis americanos saíram às ruas em protestos antirracistas e cobraram ações definitivas para deter a opressão contra a população negra.

Entre as reivindicações, esteve a responsabilização de companhias multinacionais na pressão contra o Facebook para impedir a proliferação do discurso de ódio na plataforma. Segundo a Reuters, executivos da rede social realizaram pelo menos duas reuniões com empresários na terça-feira 30.

 

No entanto, os funcionários do Facebook não detalharam um plano de abordagem contra o discurso de ódio, mas se referiram apenas a comunicados de imprensa, o que teria frustrado os empresários, informa a Reuters.

Mark Zuckerberg, fundador da rede social, comprometeu-se em fazer uma reunião com os organizadores do boicote, diz a agência.

As demandas dos grupos e anunciantes ao Facebook incluem o reembolso às empresas que tiverem anúncios exibidos ao lado de conteúdos ofensivos, mesmo após a remoção. São 10 propostas no total.

Desde a sexta-feira 26, o Facebook tenta responder à pressão com o anúncio de novas medidas. No mesmo dia, a Coca-Cola anunciou a suspensão de 30 dias de toda a sua publicidade em redes sociais. Anunciaram medidas semelhantes as marcas Unilever, a montadora Honda, a empresa de telefonia Verizon e a têxtil Levi-Strauss.

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