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Exército israelense mata uma criança e um adolescente palestinos na Cisjordânia, diz Ministério de Saúde

Segundo a pasta o caso ocorreu em Jenin, uma cidade no norte da Cisjordânia ocupada que é regularmente palco de incursões militares israelenses

Pessoas caminham por uma rua danificada após um ataque israelense na cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia, em 29 de novembro. Créditos: Zain JAAFAR / AFP
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Uma criança de oito anos e um adolescente de 15 morreram nesta quarta-feira 29 pelo Exército israelense em Jenin, uma cidade no norte da Cisjordânia ocupada que é regularmente palco de incursões militares de Israel, informou o Ministério da Saúde palestino.

Ao mesmo tempo, o Exército israelense deteve um menino de 12 anos no campo de refugiados de Jalazone, em Ramallah, informou o Clube de Prisioneiros, uma ONG palestina.

Em Jenin, o Ministério da Saúde palestino observou que “duas crianças, Adam al Ghul, de oito anos, e Basem Abu el Wafa, de 15 anos, morreram sob as balas do ocupante” israelense.

Um funcionário da Cruz Vermelha palestina disse à AFP que os dois menores estavam “em uma rua perpendicular à avenida principal do centro de Jenin”, uma área que o Exército israelense está teoricamente proibido de acessar, por estar sob o controle da Autoridade Palestina.

Imagens de vigilância publicadas online mostram um menino atingido por um disparo na rua e crianças correndo ao seu redor. Em outras imagens é possível ver um adolescente baleado agonizando no chão e outros jovens escondidos atrás de veículos ou em uma loja.

Questionado pela AFP, o Exército de Israel afirmou que está “verificando” essa informação.

No entanto, confirmou uma incursão noturna no campo de refugiados de Jenin, na qual morreram “dois terroristas de alta patente”, um deles procurado por dois ataques que deixaram israelenses mortos e feridos.

O Crescente Vermelho disse que atendeu seis palestinos feridos por disparos durante esta ofensiva.

Desde o ataque do Hamas em Israel, em 7 de outubro, que as autoridades israelenses dizem ter deixado 1.200 mortos, a maioria deles civis, a violência na Cisjordânia aumentou. Quase 240 palestinos morreram por soldados ou colonos israelenses, segundo o Ministério da Saúde palestino.

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