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EUA apresentam próxima fase da resposta à Rússia

Biden trabalha para aumentar o volume e o poder do armamento entregue às forças ucranianas e ainda negocia com países da UE novas sanções econômicas

Foto: CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
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Com mais sanções contra Moscou, mais armas para a Ucrânia e uma investigação sobre supostos crimes de guerra cometidos por soldados russos, os Estados Unidos buscam aumentar a pressão sobre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disseram funcionários americanos nesta segunda-feira.

À medida que a Rússia se retira dos arredores de Kiev, a guerra se concentra nas regiões mais a leste, onde Moscou já controla o território e busca se expandir.

A Rússia está “reposicionando suas forças para concentrar suas operações ofensivas no leste e em partes do sul da Ucrânia”, afirmou nesta segunda-feira (4) o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

“A Rússia tentou subjugar toda a Ucrânia e falhou. Agora tentará subjugar partes do país”, disse Sullivan, estimando que esta nova fase da ofensiva militar “pode durar meses ou mais”.

Mas à medida que os russos se retiram de áreas do norte da Ucrânia, aparentemente abandonando seu plano de derrubar rapidamente o presidente Volodymyr Zelensky, a descoberta de um grande número de corpos no território que controlavam aumenta a determinação de Washington de pressionar ainda mais.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou hoje que deseja um “julgamento por crimes de guerra”, após a descoberta de corpos vestidos como civis na cidade ucraniana de Bucha, perto de Kiev. Também defendeu a aprovação de mais sanções contra a Rússia.

Biden voltou a dizer que considera seu par russo, Vladimir Putin, um “criminoso de guerra”, e acrescentou que o classifica como “brutal”. “Ele tem que ser responsabilizado”, disse.

Jake Sullivan, por sua vez, declarou que os Estados Unidos e seus aliados irão anunciar esta semana novas sanções econômicas contra a Rússia. Segundo o funcionário americano, estudam-se possíveis medidas “relacionadas à energia”, um tema muito delicado para os europeus, muito dependentes do gás russo.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, estará em Bruxelas na quarta e quinta-feira para uma reunião de ministros das Relações Exteriores dos países da Otan.

Armas Avançadas

No terreno, os Estados Unidos trabalham para aumentar o volume e o poder do armamento entregue às forças ucranianas. Jake Sullivan observou que o governo Biden já contribuiu com US$ 2,3 bilhões em armas, e acrescentou que Washington trabalha com os aliados para fornecer “sistemas antiaéreos de maior alcance, de artilharia e de defesa costeira”, aparentemente referindo-se à ideia de usar armas projetadas pela Rússia nas mãos de países do leste europeu.

“A amplitude e profundidade dos esforços para adquirir e transferir armas e capacidade avançada é extraordinária e sem precedentes”, ressaltou o funcionário americano.

A Rússia indicou dias atrás que irá se concentrar no leste da Ucrânia e redobrou seus esforços nessa parte do território, bem como no sul.

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