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EUA anunciam punições a territórios reconhecidos como independentes por Putin

A Casa Branca tomará medidas econômicas restritivas a Donetsk e Lugansk, na região de Donbass, leste da Ucrânia

EUA anunciam punições a territórios reconhecidos como independentes por Putin
EUA anunciam punições a territórios reconhecidos como independentes por Putin
Joe Biden e Vladimir Putin. Fotos: AFP
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A Casa Branca anunciou restrições econômicas aos territórios de Donetsk e Lugansk, reconhecidos como independentes nesta segunda-feira 21 pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. As áreas estão localizadas na região de Donbass, no leste da Ucrânia, e se tornam independentes em meio a um conflito entre Moscou, Kiev e a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan, bloco de 30 países liderados pelos Estados Unidos.

Em nota, o governo americano disse que o presidente Joe Biden vai determinar a proibição de novos investimentos, financiamento e comércio com essas áreas. Washington chamou o ato de Putin de “flagrante violação dos compromissos internacionais da Rússia” e afirmou que prepara “medidas econômicas rápidas e severas” para o caso de a Rússia invadir a Ucrânia.

Apesar de os Estados Unidos insistirem no discurso de que a Rússia ameaça a Ucrânia de invasão, Putin tem dito repetidamente que esta não é a intenção do seu governo. O chefe do Kremlin culpa o governo ucraniano de incentivar forças neonazistas em sua fronteira e diz que a Otan tem descumprido o acordo de não expandir sua estrutura militar na região.

Em pronunciamento, Putin pediu que a Otan se comprometa com três propostas apresentadas por Moscou em dezembro: não se expandir militarmente, não instalar sua estrutura militar no entorno da Rússia e regredir o seu status à forma como se encontrava em 1997. Fundada em 1949 com 12 países, a Otan hoje conta com 30 países e tenta oficializar a adesão da Ucrânia.

A decisão de Putin de reconhecer a independência de dois territórios desagrada a Ucrânia, porque são áreas lideradas por agentes aliados do Kremlin, com expressiva presença de cidadãos russos, que ganham status de repúblicas. A ação é vista como uma demonstração de força da Rússia, assim como no caso da anexação da Crimeia em 2014.

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