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Equador fará recontagem parcial de votos após denúncia de fraude

A medida foi um pedido do líder indígena de esquerda Yaku Pérez, que ficou em terceiro lugar

Líder indígena de esquerda Yaku Pérez. Foto: Cristina Vega RHOR / AFP.
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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador decidiu nesta sexta-feira 12 fazer uma recontagem parcial dos votos da eleição presidencial a pedido dos dois candidatos, da esquerda e da direita, que lutam pela segunda vaga no segundo turno.

O líder indígena de esquerda Yaku Pérez e o ex-banqueiro de direita Guillermo Lasso pleitearam a revisão depois de brigarem voto a voto pelo segundo lugar, atrás do economista socialista Andrés Arauz, na apuração da votação de domingo, em que também foram escolhidos os 137 membros da Assembleia Nacional.

“Serão revistos 100% dos votos na província de Guayas”, que tem o maior eleitorado das 24 províncias do país, e “50% dos votos em 16 províncias”, explicou a presidente da CNE, Diana Atamaint, em coletiva de imprensa em Quito.

Ela acrescentou que “assim que o processo de revisão for concluído, o anúncio final dos resultados será feito”.

Pérez, que inicialmente solicitou uma recontagem nacional depois de denunciar uma fraude para deixá-lo de fora, e Lasso participaram de uma reunião na CNE  nesta sexta, com a presença de observadores internacionais.

A contagem preliminar atingiu 99,99% de registros eleitorais processados nesta sexta. Pérez obteve 19,38% dos votos e Lasso, 19,74%. Em primeiro lugar ficou Arauz, de 36 anos, apadrinhado pelo ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), com 32,70% dos votos.

Respeito irrestrito

O segundo turno está marcado para 11 de abril, quando será eleito o sucessor do impopular presidente Lenín Moreno, cujo mandato de quatro anos terminará em 24 de maio.

O mexicano Gerardo de Icaza, da missão da OEA, manifestou ao corpo eleitoral seu “apreço por ter ouvido as partes e por os ter recebido na CNE para proporcionar, tanto a eles como aos cidadãos, as garantias necessárias de certeza e transparência”.

Lasso e Pérez prometeram respeitar os novos resultados e manter a oposição ao correísmo.

“Quando se faz com transparência, é preciso respeitar os resultados sem restrições”, afirmou Pérez. “Esperamos que o processo seja realizado de forma ágil em cada província para que se conclua no menor tempo possível”, disse, por sua vez, Lasso.

Os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e de Transparência e Controle Social pediram nesta quarta-feira “transparência” e “legitimidade” na apuração.

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