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Emirados Árabes Unidos ordenam que 84 pessoas sejam julgadas por acusações de ‘terrorismo’

Em 2013, o país julgou 94 ativistas, advogados, estudantes, professores e outros críticos do governo

O presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohamed bin Zayed al-Nahyan (E) recebe o presidente do Conselho Popular do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, no Palácio al-Shati em Abu Dhabi, em 4 de janeiro de 2024. Foto: Ryan Carter/Tribunal Presidencial dos EAU/AFP
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Os Emirados Árabes Unidos vão julgar 84 pessoas por crimes relacionados com “terrorismo”, informou a mídia estatal neste sábado 6, uma década depois de um julgamento em massa semelhante de críticos do governo.

O procurador-geral do Estado do Golfo ordenou o julgamento de uma “maioria de membros da organização terrorista Irmandade Muçulmana”, informou a agência de notícias oficial WAM.

Em 2013, os Emirados Árabes Unidos julgaram 94 ativistas, advogados, estudantes, professores e outros críticos do governo, acusando-os de pertencerem à ilegal Irmandade Muçulmana. Grupos de direitos humanos denunciaram o processo naquele momento.

Os julgamentos resultaram em penas de prisão para 69 pessoas, muitas das quais permanecem na prisão. Segundo a WAM, pelo menos alguns deles serão acusados em novo julgamento.

São acusados de “criar outra organização clandestina com o objetivo de cometer atos de violência e terrorismo em solo dos Emirados Árabes Unidos”, disse a agência de notícias.

As autoridades dos Emirados disseram neste sábado que os réus estão recebendo representação legal e que o Tribunal de Segurança do Estado “começou a ouvir testemunhas e os processos de julgamento público estão em andamento”.

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