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Em meio ao caos na segurança, presidente diz que Equador vive sob ‘estado de guerra’

Vigora no país desde a terça-feira 9 o estado de ‘conflito armado interno’. Militares ganham protagonismo no enfrentamento a quadrilhas

Militares em ação durante estado de conflito interno armado no Equador, em 10 de janeiro de 2024. Foto: Rodrigo Buendia/AFP
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O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou nesta quarta-feira 10 que o país vive sob “estado de guerra”, depois de três dias de violência do narcotráfico. Ele ainda disse que enfrentará sem trégua mais de 20 mil membros de organizações consideradas terroristas pelo governo.

Em represália à pressão do Estado, quadrilhas lançaram uma ofensiva que deixou pelo menos 10 mortos e mais de 100 guardas carcerários sequestrados por detentos, além de viabilizar fugas de chefes criminosos.

“Estamos em um estado de guerra e não podemos ceder diante desses grupos terroristas”, disse Noboa à rádio Canela, após decretar estado de “conflito armado interno” na terça 9. Com essa medida, o presidente ordenou aos militares “neutralizar” as quadrilhas vinculadas a cartéis do México e da Colômbia.

A crise se seguiu à fuga de Adolfo Macías, o “Fito“, chefe da principal organização criminosa do país, conhecida como Los Choneros. Ele estava em uma penitenciária de Guayaquil.

Também vigora desde segunda-feira no Equador um estado de exceção, previsto para durar por 60 dias.

Nesta quarta, Noboa anunciou a deportação, a partir desta semana, de 1,5 mil estrangeiros que cumprem condenações nos centros penitenciários do país.

De acordo com o jornal El Universo, o governo deve começar com cidadãos da Colômbia, da Venezuela e do Peru, por serem países mais próximos. O presidente afirmou que as deportações vão reduzir a superlotação das prisões e os gastos com alimentação.

Segundo a agência Reuters, colombianos, venezuelanos e peruanos representam 90% dos presos no Equador.

Além disso, Noboa disse que juízes e fiscais que ajudarem os líderes de grupos terroristas identificados pelo Estado também serão considerados parte da “rede de terrorismo”.

(Com informações da AFP)

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