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Em meio a bombardeios, OMS transfere 32 pacientes críticos do Hospital de Gaza

Após uma semana de ataques no segundo maior hospital de Gaza, as instalações ‘não funcionam mais’, alertou o diretor da agência da ONU

Foto: AFP
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A Organização Mundial da Saúde informou nesta terça-feira 20, que concluiu a missão de retirada de 32 pacientes em estado grave do Hospital Nasser, em Gaza, diante do aumento de ataques na região.

Os pacientes foram transferidos para o Hospital Europeu de Gaza em Khan Younis, o hospital Al-Aqsa na área central de Gaza e os hospitais de campanha do Corpo Médico Internacional, em Rafah. 

Duas crianças estavam entre as pessoas com graves complicações médicas, mencionou a OMS, em comunicado. 

Cerca de 130 pacientes e 15 médicos e enfermeiros permanecem no hospital. Para eles, a agência da ONU informou que conseguiu fornecer alguns alimentos e itens médicos essenciais. 

O Hospital Nasser, que é considerado o segundo maior hospital da Faixa de Gaza, foi invadido pelas Forças de Defesa de Israel na última quinta-feira 15 para a retirada de suspeitos de terrorismo. 

No domingo 18, após os ataques, o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o hospital não era mais funcional e alertou que a agência não pode ter acesso a área interna.  

“O hospital Nasser em Gaza não funciona mais, depois de um cerco de uma semana seguido de um ataque contínuo. Tanto ontem como anteontem, a equipe da OMS não foi autorizada a entrar no hospital para avaliar as condições dos pacientes e as necessidades médicas críticas, apesar de chegar ao complexo hospitalar para entregar combustível junto com parceiros”, informou o diretor, em publicação no X (antigo Twitter). 

Diante das recusas, pelo menos cinco pacientes em estado grave morreram antes que a agência conseguisse acesso ao hospital para realizar as transferências ainda no domingo. 

“O Hospital Nasser não tem eletricidade nem água corrente, e os resíduos médicos e o lixo estão criando um terreno fértil para doenças”, informou a agência. “A equipe da OMS disse que a destruição ao redor do hospital era “indescritível”. A área estava cercada por edifícios queimados e destruídos, pesadas camadas de escombros, sem nenhum trecho de estrada intacto”.

A OMS comunicou ainda que deve realizar novas missões para transferência dos pacientes. 

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