Mundo
Em discurso na ONU, Biden foca no papel diplomático dos EUA
Presidente norte-americano citou a retirada dos militares do Afeganistão e ressaltou volta do país a acordos internacionais
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em seu discurso na Assembleia da ONU nesta terça-feira 21, colocou o país como um importante ator diplomático pacificador dos conflitos mundiais. “O compromisso do meu governo é para buscar um futuro mais próspero e pacífico para todas as pessoas”, afirmou.
Biden foi o segundo chefe de Estado a falar, após a abertura feita pelo presidente Jair Bolsonaro. O presidente afirmou ainda que o mundo se encontra em um ponto de inflexão na história.
“Nós encerramos 20 anos de conflito no Afeganistão e abrimos uma nova área de diplomacia para incentivar pessoas em todo o mundo”, disse, completando com o compromisso de trabalho conjunto com as Nações Unidas.
“Estamos de volta à mesa nos Fóruns Internacionais, especialmente na ONU, para focar em uma missão global para os desafios em comum”, disse.
Biden ressaltou o retornou ao Acordo Climático de Paris e a retomada do assento dos Estados Unidos no Conselho de Direitos Humanos.
O democrata também advogou pela posição do seu ser um incentivador da prosperidade global, da dignidade humana na saúde global e no combate a fome.
“Se escolhemos lutar pelo nosso futuro, isso será reverberado para as gerações futuras”, disse.
O presidente reforçou o compromisso dos Estados Unidos com a energia limpa e a meta de emissão zero de carbono até 2050. Para ele, combater as mudanças climáticas e o aquecimento global é uma oportunidade para cada país investir no futuro, criar empregos, trazer um crescimento de longo termo e aumentar qualidade de vida para todas as pessoas.
Biden anunciou que dobrará o financiamento internacional para países em desenvolvimento lidarem com as questões climáticas.
A meta já havia sido dobrada em março deste ano. O presidente americano prometeu a destinação de 1,5 bilhão de dólares para ajudar nas questões climáticas.
Sobre a pandemia, ele afirmou que o luto coletivo vivido pelo planeta é uma força de relembrar a necessidade de colaboração internacional.
Apesar do tom apaziguador, Biden declarou que os Estados Unidos estão preparados para usar a força se necessário, para defender seus princípios.
“O poder deve ser o último recurso e não a resposta para problemas que encontramos no mundo. Muitas das preocupações não podem ser resolvidas pela força”, afirmou.
Ele ainda reforçou o compromisso da luta contra o terrorismo e de buscar caminhos diplomáticos para conflitos civis, citando o Iêmen e a Etiópia. Além disso, comentou sobre a proposta da criação de dois Estados para finalizar a disputa entre a Palestina e Israel.
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