Mundo
Diálogo com os EUA sobre a Ucrânia foi útil e continuará, diz negociador russo
Segundo a Rússia, não há, porém, data concreta para uma nova reunião com o país governado pelo republicano Donald Trump
Grigori Karasin, um dos negociadores da Rússia, qualificou nesta terça-feira 25 como útil o diálogo com os Estados Unidos sobre uma trégua parcial na Ucrânia e afirmou que as conversações prosseguirão.
“Conversamos sobre tudo, foi um diálogo intenso, nada fácil, mas muito útil para nós e para os americanos”, declarou Karasin à agência de notícias TASS.
“Nós continuaremos”, acrescentou o negociador, que também é senador e ex-diplomata do país.
As negociações entre Rússia e EUA duraram cerca de 12 horas e foram realizadas em um hotel na Arábia Saudita.
Karasin representou a Rússia nas discussões ao lado de Sergei Beseda, do FSB (Serviço Federal de Segurança), e destacou que “muitos problemas foram discutidos”.
“Claro que estamos longe de resolver tudo, de concordar em todos os pontos, mas parece que este tipo de discussão é muito oportuna”, afirmou.
“Vamos continuar dialogando, somando a comunidade internacional, em particular as Nações Unidas e alguns países”, declarou Karasin.
Ele assegurou que teve a impressão de que foi “um diálogo construtivo, que é necessário e indispensável”.
Sem data para o próximo encontro
Apesar de garantir que dará continuidade ao processo de negociação, a Rússia informou não ter estabelecido um cronograma de reuniões. O próximo encontro com os EUA, por exemplo, não está agendado. A nova reunião, segundo Moscou, depende de uma análise interna do resultado produzido nesta segunda-feira.
“Os resultados das discussões foram transmitidos às capitais, estão sendo analisados”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov. Ele acrescentou que “conteúdo” das conversações “não será tornado público” e que “os contatos continuarão, mas que ainda não há nada concreto” sobre uma nova reunião.
(Com informações de AFP)
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
