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‘Corrida para a morte’, diz chanceler brasileiro sobre prazo dado por Israel para retirada em Gaza

Ordem de retirada de Israel foi criticada por instituições como a Organização Mundial da Saúde e o Médicos Sem Fronteiras

Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, criticou nesta sexta-feira 13 o prazo de 24h dado por Israel para a retirada de civis palestinos do norte para o sul da Faixa de Gaza. Segundo ele, o prazo “seria uma corrida para a morte”.

As declarações foram em conversa com jornalistas após a reunião do Conselho de Segurança da ONU. Vieira foi perguntado sobre se o prazo foi tratado no encontro.

O chanceler explicou que esse tema não foi tratado diretamente, mas foi feito um chamamento de todos os membros para que a retirada dos civis não seja feita desta forma.

Seria uma corrida para a morte, seria desumano deslocar um milhão de pessoas em tão pouco tempo. Então todos os países fizeram um apelo para que isso não acontecesse, apelaram para um prazo maior. E acreditamos que o governo israelense fará algo do gênero e ouvirá”, completou.

Na Faixa de Gaza, os maciços bombardeios israelenses, lançados em resposta, já deixaram 1.537 mortos, incluindo muitos civis, segundo as autoridades locais.

O prazo dado por Israel terminou às 18h desta sexta. Ainda não se sabe se o exército israelense vai ampliar o prazo.

Outras críticas

A ordem de retirada de Israel foi criticada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), firmando que a medida equivale a uma “sentença de morte” para pacientes vulneráveis que se encontram em hospitais.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) também condenou a medida, afirmando que “estamos tentando proteger nossos pacientes e profissionais”.

Horas depois, o MSF afirmou que Israel atendeu ao apelo e estendeu para meia-noite deste sábado o prazo para a retirada de pacientes.

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