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Com seis meses de mandato, presidente do Peru derruba corpo ministerial pela 2ª vez

A primeira-ministra Mirtha Vásquez relatou ‘impossibilidade de alcançar consensos’; governo de esquerda vive tormenta em início de gestão

Pedro Castillo cumprimenta Mirtha Vasquez, substituta de Guido Bellido na liderança ministerial. Foto: Presidencia del Perú/AFP
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O presidente do Peru, Pedro Castillo, anunciou mais mudanças no seu corpo ministerial, que incluem a renúncia da primeira-ministra Mirtha Vásquez. O mandatário divulgou o comunicado nesta segunda-feira 31.

“Como sempre tenho anunciado em minhas intervenções, o gabinete está em constante avaliação. Por tal motivo, decidi renová-lo e formar uma nova equipe. Agradeço o apoio de Mirtha Vásquez e ministros de Estado. Seguiremos pelo caminho do desenvolvimento pelo bem do país”, escreveu Castillo no Twitter.

Mirtha Vásquez é a segunda chefe do corpo ministerial a cair no governo Castillo. Ela chegou em outubro ao cargo como uma figura moderada, para substituir Guido Bellido, associado à esquerda radical.

Vásquez declarou em rede social que a decisão foi tomada “diante da impossibilidade de alcançar consensos em benefício do país”. Em carta ao presidente, ela se queixou de “momentos de crise provocados por grupos opositores com clara intenção golpista” e “temas associados lamentavelmente a possíveis atos de corrupção ou irregularidades cometidas por funcionários de alto nível da administração”.

Ela acrescentou que o governo chegou a um momento “crítico”, especialmente no Ministério do Interior, cujo chefe, Avelino Guillén, acaba de pedir renúncia por discordâncias com nomeações na chefia da Polícia Nacional.

Conforme mostrou CartaCapital, depois que Castillo derrotou a extrema-direita na eleição presidencial e tomou posse em julho, seus primeiros meses de mandato têm sido rodeados de escândalos.

Castillo ainda não informou quem são os novos ministros do seu governo. Em entrevista recente à CNN en Español, ele admitiu a sua inexperiência como político: “Não fui treinado para ser presidente”, afirmou ao jornalista Fernando del Rincón. Foi a primeira entrevista do mandatário a um veículo internacional.

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