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Com greve geral e renúncia do presidente do BC, Macri afunda

Saída de Luis Caputo do comando do Banco Central piora o clima em meio às negociações com o FMI. Centrais sindicais param o país

Caputo alegou "motivos pessoais" e nem esperou o retorno de Macri
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A crise do governo de Maurício Macri só se agrava. Não bastasse a greve geral iniciada à meia noite, de amplo apoio popular, o presidente do Banco Central, Luis Caputo, renunciou ao cargo nesta terça-feira 25, após três meses no cargo.

Caputo alegou “motivos pessoais” para deixar o posto e nem esperou o retorno de Macri de uma viagem internacional. O presidente argentino está em Nova York, onde participa da Assembleia da Organização das Nações Unidas e negocia um empréstimo de 50 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional.

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Enquanto isso, a greve geral, a quarta em quase três anos de governo Macri, tem sido considerada a mais contundente paralisação do país. Os transportes públicos e os aeroportos foram paralisados, relata a Radio France Internationale. Manifestantes bloqueiam algumas das principais estradas e ruas das cidades.

Acuado por uma crise financeira e cambial, Macri elevou os juros para 60% ao ano. O peso perdeu 50% do valor em relação ao dólar em poucas semanas e o desemprego se aproxima dos 10% da população economicamente ativa.

Apesar dos juros estratosféricos, a inflação deve chegar a 45% em 12 meses, calculam economistas. O governo agiu rapidamente para substituir Caputo. O presidente do BC argentino será Guido Sandleris, número 2 do Ministério da Fazenda. 

* Com informações da AFP e RFI

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