Cinco pessoas foram presas pelo incêndio em um centro de detenção de migrantes na cidade mexicana de Ciudad Juárez, fronteira com os Estados Unidos, que deixou 39 mortos e 27 feridos na segunda-feira, informou nesta quinta-feira (30) a Procuradoria-Geral.
“Já foram executados cinco” mandados de prisão, disse a procuradora especializada em Direitos Humanos, Sara Irene Herrerías, em uma coletiva de imprensa na qual foi detalhado que os mortos eram 18 guatemaltecos, sete salvadorenhos, sete venezuelanos, seis hondurenhos e um colombiano.
“No decorrer do dia, será realizada a audiência de imputação e vinculação, o que significa que já foram colocados à disposição do juiz”, acrescentou.
Herrerías explicou que um juiz emitiu um total de seis ordens de captura contra três funcionários do Instituto Nacional de Migração (INM), dois seguranças privados e um migrante que teria iniciado o incêndio, acusados de homicídio doloso e lesões. No entanto, não especificou quem foram os detidos.
Na mesma coletiva, a secretária de Segurança Pública, Rosa Icela Rodríguez, revelou a nacionalidade das vítimas fatais e disse que os feridos são cinco salvadorenhos, 10 guatemaltecos, oito hondurenhos e cinco venezuelanos. Destes, apenas um recebeu alta hospitalar.
Rodríguez anunciou que o governo está avaliando a ajuda que fornecerá às famílias das vítimas, ao mesmo tempo em que iniciou um processo administrativo para revogar o contrato e impor uma multa à empresa responsável pela segurança do local.
O incêndio nas instalações do INM começou na noite de segunda-feira, depois que pelo menos um migrante colocou fogo em colchões durante um protesto contra uma possível deportação, segundo as autoridades.
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