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Funcionários de centro de migrantes incendiado no México não agiram para retirar detidos, diz procuradoria

A promotoria anunciou que serão pedidos quatro mandados de prisão e explicou que a morte dos migrantes é investigada como suspeita de homicídio

Foto: HERIKA MARTINEZ / AFP
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Os funcionários responsáveis por um centro de detenção onde 39 migrantes morreram durante um incêndio em Ciudad Juárez, no México, não fizeram nada para retirar estas pessoas do local, afirmou nesta quarta-feira (29) a Procuradoria-Geral.

“Nenhum dos servidores públicos, nem dos agentes de segurança privada, fizeram nenhuma ação para liberar os migrantes” após o início do incêndio, ressaltou em entrevista coletiva Sara Irene Herrerías, titular da Promotoria Especializada em Direitos Humanos.

Oito pessoas foram identificadas como supostamente responsáveis por esta omissão, apontou na mesma coletiva a secretária de Segurança, Rosa Icela Rodríguez. Tratam-se de dois agentes federais e um agente estadual de migração, além de cinco membros de uma empresa de segurança privada.

A promotora anunciou que serão pedidos aos juízes hoje quatro mandados de prisão, e explicou que a morte dos migrantes é investigada como suspeita de homicídio. Segundo Sara, de acordo com as investigações, outros crimes serão analisados, e os supostos responsáveis “já estão prestando declarações”.

A secretária de Segurança revisou de 38 para 39 o número de mortos na noite da última segunda-feira. Também reportou 27 feridos, seis deles “extremamente graves”, e dez, em estado grave.

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