Mundo
Chamas atiçadas
Por trás da recente onda de violência na Cisjordânia, o avanço das colônias judaicas em territórios palestinos
Cinco buracos de bala marcam as paredes e a janela do Restaurante Hummus, modesta lanchonete perto do assentamento de Eli, na rodovia construída por Israel que percorre toda a extensão da Cisjordânia ocupada. Em 20 de junho, dois combatentes do Hamas, grupo militante que controla a Faixa de Gaza, mataram quatro pessoas no local. O incidente foi desencadeado por um grande ataque do exército israelense na cidade de Jenin, na Cisjordânia, que matou ao menos cinco pessoas. O ataque ao restaurante, por sua vez, levou no dia seguinte a uma vingança violenta de colonos israelenses em aldeias palestinas vizinhas, em que uma pessoa foi morta e cerca de 30 casas e 60 carros foram incendiados.
A violência olho por olho acirra as tensões no período mais sangrento em Israel e na Cisjordânia em décadas. Mas, durante a visita do Observer na quinta-feira 29, embora ainda houvesse cacos de vidro de para-brisas espalhados pelo chão e meia dúzia de soldados patrulhando os arredores, os negócios tinham recuperado uma normalidade inquieta.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.