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Brasileiro e mais dois vão a julgamento por tentativa de matar Cristina Kirchner

A defesa da vice-presidenta exigia a investigação da possível presença de autores intelectuais e financiadores do atentado

Ato de Cristina Kirchner em La Plata em 17 de novembro de 2022. Foto. Luís Robayo/AFP
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A Justiça da Argentina decidiu nesta segunda-feira 12 avançar para a fase de julgamento no processo contra três acusados pela tentativa de assassinato da vice-presidenta Cristina Kirchner. Ela, por outro lado, ainda defendia a reunião de mais provas.

Com a decisão, o inquérito chega ao fim, a pedido do promotor Carlos Rívolo. A defesa dos três acusados não apresentou objeção à movimentação e a juíza María Eugenia Capuchetti deu continuidade ao processo.

Os representantes de Cristina, por sua vez, exigiam a investigação da possível presença de autores intelectuais e financiadores do atentado. “Levar o caso a julgamento por partes é uma prática incorreta e prejudica a descoberta da verdade”, advertiu o advogado José Manuel Ubeira quando o promotor solicitou a conclusão do inquérito.

O ataque ocorreu em 1º de setembro de 2022, em frente à casa de Cristina, quando um dos detidos, o brasileiro Fernando Sabag Montiel, armado com uma pistola, misturou-se a um grupo de simpatizantes, aproximou-se da vice-presidenta e apertou várias vezes o gatilho, mas a arma não disparou.

Montiel, de 35 anos, e sua namorada, Brenda Uliarte, de 23, foram denunciados como coautores. Nicolás Carrizo, de 27 anos, que empregava o casal, foi apontado como “partícipe necessário”.

O caso foi classificado pelo promotor como “homicídio duplamente qualificado por aleivosia e por cooperação premeditada entre duas ou mais pessoas, agravado pelo uso de arma de fogo, em grau de tentativa”.

Em sua decisão, a juíza destacou que, segundo o promotor do inquérito, “não surgiu qualquer vínculo dos citados com qualquer grupo ou pessoa” que tivesse oferecido assistência para cometer o crime. Rívolo também descartou a existência de elementos que comprovassem “a colaboração de terceiros com dinheiro para o atentado”.

Após a determinação judicial, Cristina Kirchner ressaltou que “todo o inquérito se caracterizou por evitar que se descubra a verdade”.

“Está repleto de testemunhas que apagaram [os dados de] seus telefones, provas que foram destruídas sem que suas causas e motivações fossem investigadas, e uma tentativa evidente e desesperada de evitar encontrar a possível participação de terceiros, financiadores e instigadores”, criticou a líder peronista.

(Com informações da AFP)

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