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Biden diz que sem Trump ‘não está certo’ de que tentaria a reeleição

Ao tratar da eleição que se aproxima, o presidente dos EUA comparou a beligerância do adversário com o nazismo de Adolf Hitler

Foto: Mandel NGAN / AFP
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O presidente americano, Joe Biden, disse, nesta terça-feira (5), que “se Trump não fosse candidato, não estou certo de que me candidataria” a um segundo mandado nas eleições presidenciais de 2024.

“Mas não podemos deixá-lo vencer”, acrescentou o democrata de 81 anos, durante um evento de doadores democratas perto de Boston (nordeste), ao se referir a seu antecessor republicano.

Biden elogiou a “voz poderosa” da ex-congressista republicana Liz Cheney, que alertou no domingo que os Estados Unidos avançariam como um “sonâmbulo para uma ditadura” se o ex-presidente, que foi alvo de dois processos de impeachment, retornar à Casa Branca.

Também mencionou a revista The Atlantic, que se uniu aos grandes veículos de comunicação de americanos, como os jornais  The Washington Post e New York Times, para alertar sobre o risco de um segundo mandato de Trump.

Durante o evento, Biden aproveitou para citar a linguagem cada vez mais hostil da campanha, na qual o empresário republicano já se referiu aos adversários como “vermes”. O democrata comparou a beligerância com os nazistas durante a ascensão de Adolf Hitler na década de 1930.

“Trump nem está escondendo isso. Ele está nos dizendo o que vai fazer”, disse Biden. “Ele não está fazendo rodeios”.

Em seu retorno a Washington, os jornalistas perguntaram novamente a Biden se ele seria candidato à presidência caso Trump não estivesse na disputa. “Ele está aspirando e eu tenho que aspirar”, respondeu ele.

“Ele está concorrendo e eu tenho que concorrer”, disse Biden.

Se Trump desistir, Biden faria o mesmo? “Não”, respondeu o presidente.

Joe Biden, cuja campanha enfrenta dificuldades para decolar, diz estar mais bem posicionado para voltar a derrotar Donald Trump, a quem o democrata venceu nas eleições presidenciais de 2020.

O presidente, cuja idade inquieta os eleitores e que se vê em apuros para promover os resultados econômicos de seu governo, repete com frequência que a própria democracia está em jogo neste novo confronto anunciado com o empresário do ramo imobiliário.

Apesar de sua impopularidade e exceto por uma mudança surpresa de planos ou um grave problema de saúde que o obrigue a desistir, Biden está quase certo de que será o indicado de seu partido às eleições de novembro de 2024.

Donald Trump, por sua vez, é até agora o grande favorito das primárias republicanas.

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