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Banho de sangue

A espiral da barbárie no conflito entre Israel e o Hamas

Os ataques surpreendentes do Hamas desencadearam uma maciça retaliação de Israel. Bastaram quatro dias para o confronto se tornar o mais sangrento desde 2014. “É só o começo”, afirmou Benjamin Netanyahu – Imagem: Mohammed Abed/AFP e Mahmud Hams/AFP
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Autorizado pelo Ocidente a revidar o brutal ataque do Hamas, Israel não se fez de rogado. Em resposta ao “11 de Setembro” israelense, conforme definição de Gilad Erdan, representante permanente do país na ONU, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, determinou o “cerco total” à ­Faixa de ­Gaza, gueto onde vivem cerca de 2 milhões de palestinos. O fornecimento de eletricidade, água, gás e comida foi interrompido, enquanto os mísseis espalham, em grau e intensidade superlativos, a destruição no enclave. Só na terça-feira 10, a artilharia judaica pôs abaixo 200 alvos. “O Hamas cometeu um erro grave”, declarou Gallant. Após um breve período de indiferença e até desconfiança mútua nas relações, Washington voltou a reafirmar a aliança incondicional com Tel-Aviv. “Os Estados Unidos nunca deixarão de apoiar Israel”, declarou Joe Biden. “No meu governo, o apoio a Israel é sólido e inabalável”, acrescentou o presidente norte-americano, que anunciou o envio de um porta-aviões, navios e caças de combate para dar suporte às ações dos aliados preferenciais. A revanche, traduzida como “legítimo direito de defesa”, foi, nos últimos dias, a única moeda aceita na comunidade internacional. O resultado do olho por olho não poderia ser mais eloquente. Até o fechamento desta edição, na manhã da quarta-feira 11, o número de mortos havia alcançado a marca de 1,9 mil. Eram mil israelenses e 900 palestinos, além de cerca de 7 mil feridos de um lado e de outro.

“É o 11 de Setembro” israelense, afirmou o representante do país na ONU. O Ocidente avaliza a retaliação de Tel-Aviv

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