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Autor de atentado contra Cristina Kirchner afirma que agiu sozinho e não se arrepende

Em entrevista ao canal argentino C5N, Fernando Montiel tentou livrar Brenda Uliarte, sua namorada, de responsabilidade pelo crime

Fernando Andrés Sabag Montiel, preso por tentar disparar contra Cristina Kirchner. Foto: Reprodução
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Fernando Sabag Montiel, o brasileiro de 35 anos que apontou uma arma e tentou disparar contra a vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou à emissora C5N ter agido sozinho no atentado e alegou que o tiro não saiu porque ele “ficou nervoso”.

Montiel está preso no Complexo Penitenciário Federal de Ezeiza, próximo a Buenos Aires. Na entrevista, concedida por telefone, ele tentou eximir  Brenda Uliarte – sua namorada, também indiciada – de responsabilidade pelo crime. Em 15 de setembro de 2022, 14 dias após o episódio, a Justiça argentina informou que o atentado foi fruto de “planejamento e acordo prévio” entre os dois.

“Você vai entender que a minha situação está muito comprometida. Eu estive procurando a mídia de uma forma apavorante”, disse Fernando ao jornalista Gustavo Silvestre. “Eu fiz por conta própria. Eles estão inventando uma história […] Eu tenho provas aqui. Brenda Uliarte não tem nada a ver com isso”. Ele não revelou, porém, as provas que alegou possuir.

Questionado sobre a razão pela qual tentou assassinar Cristina, Fernando Montiel se resumiu a dizer que o fez “basicamente pela situação do país”. Instado a confirmar que desejou matar a vice-presidenta, ele respondeu que sim. “Estava carregada [a arma], puxei o gatilho e não disparou. A arma tinha cinco balas”. Ele afirmou, ainda, não estar arrependido. 

Antes da entrevista, Montiel enviou uma carta a Diego Luciani, promotor de Justiça que pediu, em agosto, a prisão de Cristina por associação ilícita e administração fraudulenta, acusando-a de ter cometido os crimes enquanto governou o país, entre 2007 e 2015.

Em 24 de fevereiro, Cristina Kirchner pediu que a Polícia da Cidade de Buenos Aires seja investigada pelo atentado. Segundo os advogados da líder peronista, “o que aconteceu em 1º de setembro foi consequência de uma série de violências anteriores que possibilitaram e validaram o cenário que deu origem à tentativa de assassinato de uma mulher em seu cargo de vice-presidenta em um sistema democrático”.

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