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Ataque contra cidade natal do presidente ucraniano deixa seis mortos

Pouco antes, o governo ucraniano anunciou a retomada, desde o fim de semana, de sete vilarejos nas regiões sul e leste do país

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Foto: Genya Savilov/AFP
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Ao menos seis pessoas morreram em um ataque russo contra a cidade de Kryvyi Rih, na região central da Ucrânia, onde um míssil destruiu um prédio residencial, anunciaram as autoridades locais nesta terça-feira (13).

A Ucrânia também relatou ataques noturnos em Kharkiv (nordeste) e Kiev, que receberá nas próximas horas a visita do diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o argentino Rafael Grossi.

Em Kryvyi Rih, cidade natal do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na região de Dnipropetrovsk (centro-leste), um “ataque em larga escala com mísseis” atingiu vários pontos da cidade, em particular um edifício residencial, afirmaram as autoridades locais.

“Infelizmente, nós temos seis mortos. As operações de resgate continuam”, anunciou Oleksander Vilkul, comandante militar da cidade industrial.

A administração regional divulgou uma foto do prédio atingido, que sofreu um incêndio.

Bombeiros extinguindo um incêndio em um prédio residencial de cinco andares, local de um ataque noturno russo, na cidade de Kryvyi Rig, em meio à invasão russa de Ucrânia.
Foto: Handout / THE STATE EMERGENCY SERVICE OF UKRAINE / AFP

Além do edifício residencial, o governo de Dnipropetrovsk identificou mais duas áreas “civis” afetadas pelas explosões.

Em Kiev, a administração militar relatou ataques noturnos com mísseis de cruzeiro, mas destacou que “todos os alvos inimigos no espaço aéreo ao redor de Kiev foram detectados e destruídos com sucesso”.

O prefeito de Kharkiv (nordeste), Igor Terekhov, anunciou um ataque de drones “contra infraestruturas civis”, que atingiram um hangar e as instalações de uma empresa.

Vilarejos liberados

Na segunda-feira à noite, o presidente Zelensky afirmou que a contraofensiva ucraniana é “difícil, mas avança”.

“Os combates são difíceis, mas estamos avançando, isso é muito importante”, declarou Zelensky em seu pronunciamento diário, no qual destacou que as “perdas inimigas são exatamente do nível que precisamos”.

“O tempo não é favorável – a chuva torna nosso trabalho mais difícil – mas a força de nossos soldados dá bons resultados”, acrescentou.

Pouco antes, o governo ucraniano anunciou a retomada, desde o fim de semana, de sete vilarejos nas regiões sul e leste do país.

“Sete vilarejos foram libertados”, anunciou a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, no Telegram. Ela calculou em 90 quilômetros quadrados a superfície de território recuperada pelos ucranianos.

O ministério da Defesa afirmou na segunda-feira que avançou de 250 a 700 metros na região leste de Bakhmut, na direção da cidade de mesmo nome, que é cenário de uma das batalhas mais violentas desde o início da guerra.

A Rússia afirmou que impediu ataques ucranianos no leste de Donetsk, perto de Velkya Novosilka e de Levadne, nas proximidades de Zaporizhzhia.

Não foi possível confirmar as reivindicações de Moscou e Kiev com fontes independentes.

Central nuclear

De acordo com analistas militares, a Ucrânia ainda não mobilizou a maior parte de suas forças na contraofensiva e está testando a frente de batalha com múltiplos ataques para determinar os pontos mais fracos

A contraofensiva ucraniana vai dura “várias semanas, ou até meses”, declarou na segunda-feira o presidente da França, Emmanuel Macron.

“Nós desejamos que a contraofensiva seja o mais vitoriosa possível para que, em seguida, seja possível iniciar uma fase de negociação em boas condições”, acrescentou.

Foto: various sources / AFPFoto: AFP PHOTO /Twitter / Account of Ukraine’s President Volodymyr Zelensky

A AIEA confirmou nas segunda-feira que seu diretor, Rafael Grossi, visitará nesta terça-feira a Ucrânia para inspecionar a central nuclear de Zaporizhzhia e analisar o impacto da destruição da barragem de Kakhovka no rio Dnieper.

Depois de passar pela capital ucraniana, Grossi se dirigirá para a central ZNPP, ocupada pelos russos, “para avaliar a situação e organizar um novo rodízio de especialistas”.

Desde o início da invasão, o diretor da AIEA vem advertindo para o risco de um acidente nuclear nesta usina do sudeste da Ucrânia, a maior da Europa.

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