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Ataque a tiros deixa 1 morto e 5 feridos em escola nos EUA

Os feridos incluem quatro alunos e um administrador da escola

Policiais em frente à Perry Middle and High School, em Iowa, após um ataque, em 4 de janeiro de 2023. Foto: Christian Monterrosa/AFP
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Um adolescente armado com uma pistola e uma escopeta matou nesta quinta-feira 4 um colega e feriu outras cinco pessoas, a maioria alunos, ao abrir fogo em uma escola de ensino médio no estado de Iowa, no norte dos Estados Unidos, informaram as autoridades locais.

Identificado como Dylan Butler, o adolescente foi encontrado “com um ferimento autoinfligido”, declarou em entrevista coletiva Mitch Mortvedt, subdiretor da Divisão de Investigação Criminal de Iowa.

Essa expressão costuma ser utilizada para indicar que alguém se suicidou, mas as autoridades não esclareceram se o atirador morreu, como afirmam diversos meios de comunicação americanos.

A AFP fez contato com o Departamento do Xerife, que não quis confirmar.

O episódio aconteceu na pequena localidade de Perry, a cerca de 60 quilômetros de Des Moines, a capital do estado.

O estudante levava duas armas, uma escopeta e uma pistola, disse Mortvedt.

“São seis vítimas e uma delas morreu. Era um aluno”, acrescentou.

Quatro feridos são estudantes e o quinto é um funcionário da administração, detalhou.

“Butler também publicou muitas mensagens nas redes sociais” sobre o ataque, acrescentou, sem dar detalhes.

‘Pesadelo’

O xerife Adam Infante havia afirmado anteriormente que a polícia recebeu informações sobre a presença de um homem armado por volta das 7h37 locais (10h37 em Brasília).

A polícia chegou “em sete minutos” e “localizou diversas vítimas de disparos”, disse.

“Felizmente havia poucos alunos e professores” na escola porque era cedo, e as aulas ainda não haviam começado, explicou.

Segundo a imprensa local, hoje é o primeiro dia da volta às aulas após o recesso de Natal e Ano Novo.

Uma aluna, Ava Augustus, se escondeu em uma sala durante o ataque. Ela saiu correndo depois que as autoridades lhe disseram que o incidente havia terminado, e disse que havia visto “vidro por todas as partes, sangue no chão”.

“Cheguei ao meu carro e estavam removendo uma moça do auditório que tinha sido atingida por um disparo na perna”, declarou ela à filial local da emissora NBC.

Jody Kurth, cujo enteado ficou ferido por um disparo, declarou à rede local KCCI que o episódio foi “um verdadeiro pesadelo”.

O incidente acontece dias antes de o estado de Iowa abrir a temporada de primárias do Partido Republicano, em 15 de janeiro, quando os eleitores votam em pequenas assembleias de bairro.

Com mais armas que habitantes, os Estados Unidos têm a taxa de mortalidade mais alta por armas de fogo entre todos os países desenvolvidos.

O país já registrou três ataques a tiros em massa neste ano, segundo a Gun Violence Archive, organização não governamental que considera um ataque maciço quando há quatro ou mais feridos ou mortos.

O ano passado terminou com um total de 656 ataques a tiros desse tipo.

Os ataques com armas de fogo são uma chaga que sucessivos governos, republicanos ou democratas, não conseguem resolver porque muitos americanos seguem apegados à possibilidade de ter uma arma.

Escolas e instituições de ensino em geral são cenários frequentes de ataques a tiros nos Estados Unidos. Em maio de 2022, um homem matou 19 alunos e dois professores no colégio de ensino fundamental Robb da cidade de Uvalde, no Texas.

Em fevereiro de 2018, um ex-aluno de uma escola de ensino médio em Parkland (Flórida) armado com um fuzil semiautomático matou a tiros 14 alunos e três adultos. Ele foi condenado à prisão perpétua.

Em 4 de julho do ano passado, Dia da Independência dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden pediu o fim da “epidemia de violência por armas de fogo”, após uma “onda” de massacres.

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