Mundo
As conversas entre Macron, Putin e Zelensky em meio ao aumento da tensão na Ucrânia
Presidente francês diz que conversou com Zelensky ‘várias vezes nas últimas horas’. Segundo Macron, Putin estaria disposto a negociar
O presidente da França, Emmanuel Macron, informou nesta terça-feira 1º que conversou ‘diversas vezes’ com Volodymyr Zelensky nas últimas horas e que, a pedido do ucraniano, fez uma ligação a Vladimir Putin. Na conversa, Macron teria registrado as principais condições de negociação pela paz na Ucrânia.
“Estou em constante comunicação com o presidente Zelenskyy. Gostaria de elogiar seu grande senso de responsabilidade. A pedido deste último e dada a situação humanitária, telefonei ao Presidente Putin”, disse Macron em suas redes sociais.
Ao todo, de acordo com a nota publicada pelo governo francês, Macron fez três exigências à Rússia para que as negociações avancem. São elas: cessar todos os ataques e ataques a civis e áreas residenciais; preservar toda a infraestrutura civil; manter as estradas principais seguras, especialmente no sul de Kiev.
I am in constant communication with President Zelenskyy. I would like to commend his great sense of responsibility. At the latter’s request and given the humanitarian situation, I called President Putin.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) February 28, 2022
Segundo o comunicado, Putin ‘estava disposto a se comprometer com esses três pontos’. Horas depois, no entanto, uma torre de televisão em Kiev foi bombardeada pela Rússia, que desde a madrugada se aproxima com um grande comboio militar da capital. O G7 avalia impor novas sanções a Moscou.
“O presidente francês sugeriu ao presidente russo que eles permaneçam em contato nos próximos dias para ajudar a evitar que a situação se agrave. O presidente Putin concordou”, diz brevemente o comunicado francês.
Além do ataque a Kiev, a Rússia também bombardeou Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia. Nos conflitos, ao menos 10 pessoas foram mortas pelas explosões.
Mais cedo, Zelensky declarou que sua prioridade no momento é ‘defender Kiev’ e, no Parlamento Europeu, cobrou ajuda dos países da UE como uma prova de ‘lealdade’.
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