Mundo

Arce avança em proposta para referendo sobre reeleição na Bolívia

A iniciativa é criticada pelo ex-presidente Evo Morales

Arce avança em proposta para referendo sobre reeleição na Bolívia
Arce avança em proposta para referendo sobre reeleição na Bolívia
Presidente da Bolívia, Luis Arce. Foto: Aizar Raldes/AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente da Bolívia, Luis Arce, submeteu a exame constitucional sua proposta de referendo para alterar a reeleição presidencial, que o ex-presidente Evo Morales afirma se tratar de uma medida para tirá-lo do pleito de 2025.

O Tribunal Constitucional (TC) “recebeu a consulta do presidente”, informou uma fonte da corte.

Arce propôs a reforma constitucional sobre a reeleição enquanto disputa com Morales, de quem foi ministro da Economia, a indicação do governismo para o próximo pleito. A Constituição prevê atualmente a reeleição imediata ou consecutiva apenas uma vez.

O governo Arce quer saber se a população aceita que ela seja “descontínua” – depois de pelo menos um mandato presidencial, e por um segundo e último mandato -, de forma que Morales, que já teve três mandatos consecutivos como presidente graças a uma reforma constitucional e interpretações da lei favoráveis do Supremo Tribunal de Justiça boliviano, não possa disputar novamente o cargo.

O influente líder indígena vê na consulta popular uma nova tentativa do governo de tirá-lo da corrida presidencial. No ano passado, o TC o inabilitou a se candidatar em 2025, mas o ex-presidente tenta reverter essa sentença.

Os juízes do TC têm 15 dias para validar ou rejeitar a proposta de referendo, que também propõe o fim gradual do subsídio aos combustíveis importados pela Bolívia.

O governo espera que os juízes validem o quanto antes sua iniciativa para que a consulta seja realizada em 1º de dezembro, quando acontecem as eleições judiciais para renovar os tribunais superiores, entre eles o Constitucional.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo