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Partido expulsa Luís Arce, presidente da Bolívia, em meio a disputa com Evo

Outros 28 militantes do MAS leais a Arce, entre eles legisladores e funcionários do governo, também foram expulsos

O presidente da Bolívia, Luis Arce. Foto: Freddy Zarco/AFP
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O presidente da Bolívia, Luis Arce, foi expulso do MAS, o partido pelo qual venceu as eleições de 2020, em meio a uma disputa com seu antigo aliado e hoje adversário Evo Morales, com vistas às eleições presidenciais de 2025.

A legenda governista que Morales lidera afastou Arce de suas fileiras por sua recusa em participar do congresso do Movimento ao Socialismo, realizado entre terça e quinta-feira no departamento de Cochabamba.

Segundo a resolução aprovada pelos partidários de Morales, Arce se “autoexpulsou” ao faltar ao encontro, no qual seu rival deverá ser proclamado candidato às primárias de dezembro, das quais sairá o presidenciável.

“É conhecida a autoexpulsão de Luis Arce” e do vice-presidente, David Choquehuanca, diz o documento lido durante a reunião.

Outros 28 militantes do MAS leais a Arce, entre eles legisladores e funcionários do governo, também foram expulsos. 

Morales, que governou entre 2006 e 2019, disputa com Arce a liderança do partido.

A rivalidade que quebrou a unidade do MAS se acentuou no último ano, após as críticas de Morales ao governo por supostas traições, corrupção e tolerância com o narcotráfico.

Durante o congresso, o MAS também modificou os estatutos para que apenas militantes com 10 anos de partido possam se candidatar. Arce não cumpre tal exigência.

A Justiça Eleitoral deve ratificar ou invalidar as decisões do MAS.

Arce havia se afastado dias antes do congresso do partido, alegando que as organizações sociais não estavam representadas.

“Não podemos ir a uma casa onde não vão estar seus verdadeiros donos, as organizações sociais”, apontou o mandatário e ex-ministro de Morales.

Sem a origem indígena ou o carisma de seu mentor, Arce conseguiu fortalecer sua liderança entre as bases sociais e sindicais por meio da concessão de incentivos.

Sua desaprovação chega a 50%, segundo uma pesquisa da empresa privada Diagnosis.

No entanto, nos círculos do partido, é tido como certo que Arce tentará a reeleição, consideranodo a oposição enfraquecida e a rejeição que Morales desperta em setores econômicos.

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