Mundo
Apresentador americano ri de gastos com Viagra e de Bolsonaro
Stephen Colbert disse que o presidente se refere a si mesmo como ‘imbrochável’


O presidente Jair Bolsonaro foi “homenageado” na edição dessa quarta-feira 13 do “The late show with Stephen Colbert”. O apresentador do programa fez comentários a respeito da notícia sobre as compras de Viagra e próteses penianas pelo Exército brasileiro (veja abaixo).
O exército brasileiro virou motivo de chacota internacional. Um dos melhores apresentadores comentou o escândalo do viagra 👇🏼
legendado por @PaiNardo pic.twitter.com/FmtXkmYoCR
— Marina Braga (@marinabragaa) April 14, 2022
Colbert mostrou uma foto em que Bolsonaro aparece com chapéu de couro usado por vaqueiros. “O presidente brasileiro e avô em férias está deixando vovó doida com seu novo e ridículo chapéu”, disse. Após relatar os gastos com a compra de Viagra, o apresentador comentou: “O lado positivo é que os soldados brasileiros não precisam mais de suas baionetas. E estão armando suas barracas mais rápido do que nunca”.
Sobre os gastos com os implantes penianos, o americano observou que o escândalo é “especialmente constrangedor para Bolsonaro, que frequentemente se gaba de sua virilidade”. E emendou que o presidente se refere a si mesmo como “imbrochável”, um termo em português, explicou, para “infalível” ou “à prova de flacidez”. Após as risadas da plateia, encerrou: “Isso vai ensiná-lo a não ser tão arrogante”.
Em 2021, Colbert riu de uma gafe de Bolsonaro, que confundiu o nome de John Kerry, enviado dos Estados Unidos para tratar questões climáticas, com o do ator Jim Carrey. O presidente brasileiro também foi alvo de piadas pelo discurso negacionista no combate à pandemia de coronavírus durante a Assembleia Geral da ONU.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

‘Eu não posso usar o meu Viagra, pô?’, questiona Mourão
Por CartaCapital
TCU abre processo para investigar a compra de Viagra pelas Forças Armadas
Por CartaCapital
Jornal britânico destaca a ‘farra do Viagra’ e o ‘constrangimento do populista Bolsonaro’
Por CartaCapital