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Aposta no cansaço

Apesar dos protestos, Macron mostra-se irredutível e promete seguir com a polêmica reforma da previdência

Cabo de guerra. Macron reforçou a segurança na terça 28, mas os protestos foram menores. Os sindicatos voltam às ruas em 6 de abril – Imagem: Charly Triballeau/AFP e Ludovic Marin/AFP
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Emmanuel Macron aposta na vitória pelo cansaço. E pela força. O presidente francês mobilizou um contingente inédito de policiais na terça-feira 28, décimo dia de protestos contra a reforma previdenciária promulgada sem a anuência dos deputados da Assembleia Nacional. Cerca de 13 mil agentes, mais da metade em Paris, reforçaram os cordões de isolamento para fazer frente às centenas de milhares de franceses que tomaram as ruas da capital e das principais cidades do país. De nada adiantou. Ou, por outra, o policiamento robustecido, somado à intransigência de Macron em conversar com os sindicatos que lideram as manifestações, levou a mais uma tarde de fúria, destruição e prisões. Segundo o ministro do Interior, Gerald Darmanin, 201 manifestantes foram detidos e 175 policiais ficaram feridos nos violentos confrontos. “Propusemos uma saída e é intolerável que sejamos obstruídos novamente”, reclamou Laurent Berger, presidente da CFDT, uma das mais moderadas confederações de trabalhadores. Berger e outros líderes sindicais sugerem a nomeação de um mediador e a interrupção da reforma até que se encontre uma solução negociada. Macron recusa o diálogo e promete manter o cronograma de implantação das mudanças no sistema de aposentadorias – a reforma começa a valer em setembro. Em meio ao tumulto, os parisienses e turistas terão ao menos um alívio. Os garis anunciaram o fim da greve de três semanas, período no qual 7 mil toneladas de dejetos acumulados em becos, vielas e avenidas transformaram a Cidade Luz em “Cidade Lixo”.

O presidente da República acusa a esquerda de pretender “destruir” as instituições do país

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