Os Estados Unidos apresentaram uma nova minuta de resolução ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) prevendo uma possível saída ao conflito entre Israel e o Hamas.
A versão entregue passou por uma modificação já que, na segunda-feira 23, a proposta foi considerada pró-Israel pelos países membros do conselho.
Estão entre as mudanças os termos usados para se referir ao Hamas e também ao direito de autodefesa de Israel. Dois pontos que sofrem resistência da Rússia, que tem poder de veto.
O país norte-americano vetou a proposta brasileira apresentada ao Conselho pela ausência de menção no texto sobre “o direito de autodefesa de Israel”.
Em sua proposta, o Brasil mencionava a necessidade de uma pausa humanitária que permitisse “o acesso humanitário rápido e seguro” na região. O texto ressaltava a necessidade de que eletricidade, água, alimentos e medicamentos fossem fornecidos para os civis em Gaza. A proposta construída pela diplomacia brasileira recebeu 12 votos favoráveis e teve duas abstenções, da Rússia e Reino Unido.
Segundo interlocutores do Itamaraty, sugestões da diplomacia brasileira relacionadas às questões humanitárias foram acatadas pelos americanos, mas ainda há problemas no texto, que pode sofrer alterações até a votação.
Na segunda-feira 23, o Ministério das Relações Exteriores informou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas voltaria a se reunir nesta terça em Nova York (EUA) para discutir o conflito entre Israel e o Hamas. O encontro será comandado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O Brasil preside o conselho de forma temporária durante o mês de outubro.
Também de acordo com o Itamaraty, o Brasil já iniciou as consultas aos demais integrantes do conselho sobre a proposta dos Estados Unidos.
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